O lugar do português nos Estados Unidos

Crenças e motivações para o ensino-aprendizagem de PLA em universidades estadunidenses

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-4301.2022.1.41043

Palabras clave:

Português como língua adicional, Crenças linguísticas, Estados Unidos

Resumen

Para além das políticas de incentivo ao estudo de uma língua, graduandos têm motivações particulares ao escolherem estudar uma língua adicional. Na tentativa de investigar o contexto estadunidense de ensino-aprendizagem de português como língua adicional (PLA), apresentamos uma pesquisa exploratória cujo objetivo é analisar as principais crenças e motivações de estudantes em disciplinas introdutórias de Português no ensino superior dos EUA. A pesquisa foi conduzida com estudantes de quatro instituições, no primeiro semestre letivo do ano de 2019-2020. Através de uma abordagem quali-quantitativa, estudantes de Português do nível introdutório responderam voluntariamente um questionário on-line, a fim de identificarmos suas crenças e motivações sobre/com o curso durante o semestre. Os resultados apontam que os principais fatores de motivação foram a proficiência prévia em uma língua românica e a manutenção de laços afetivos e culturais, enquanto as crenças envolvem conhecimento de outra língua românica e relações com falantes de português como facilitadores do ensino-aprendizagem de PLA, além da oralidade ser apontada como uma habilidade linguística importante. Finalmente, concluímos que, para o Estado estadunidense, o português tem um status de emergência política e econômica, ao passo que, para os estudantes, a língua está mais atrelada a aspectos étnico-linguísticos e culturais.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Alencar Guth, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil.

Doutor em Letras pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, PR, Brasil; professor substituto de Linguística Aplicada na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e professor temporário de Língua Portuguesa na Secretaria de Estado da Educação e do Esporte do Paraná (SEED-PR). Membro do Grupo de Pesquisas em Educação Linguística (GPLIN - UFPR) e do Grupo de Pesquisas em Estudos do Texto e do Discurso (GPTD - UFPR/Unicentro). Fulbright Alumnus

Gustavo Primo, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, SP, Brasil.

Mestre em Estudos de Literatura na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em São Carlos, SP, Brasil. Membro do Grupo de Pesquisa Comunica – Inscrições Linguísticas na Comunicação (UFScar). Bolsista de treinamento técnico no Brazilian Virtual Exchange Program, na Universidade Estadual Paulista (BraVE-Unesp). Fulbright Alumnus. 

João Pedro Wizniewsky Amaral, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil.

Doutor em Letras pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em Santa Maria, RS, Brasil. Cofundador e membro do projeto de extensão Estúdio de Criação. 

Citas

BARCELOS, Ana Maria Ferreira. Metodologia de Pesquisa das Crenças sobre Aprendizagem de Línguas: Estado da Arte. Rev. Brasileira de Lingüística Aplicada, [S. I.], v. 1, n. 1, p. 71-92, 2001.

BARCELOS, Ana Maria Ferreira. Crenças sobre aprendizagem de línguas, Lingüística Aplicada e ensino de línguas. Linguagem & Ensino, [S. I.], v. 7, n. 1, p. 123-156, 2004.

BIANCONI, Celia. Portuguese as a Foreign Language: Teaching and Learning in the United States. 2012, 163 fls. Dissertação (Mestrado em Educação) – Lesley University, Cambridge, 2012.

BORTONI-RICARDO, Stella Maris. M. O professor pesquisador: introdução à pesquisa qualitativa. São Paulo: Parábola, 2008.

DIAGRAMA mostra as línguas mais faladas no mundo. In: Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística. Florianópolis, 5 mar 2020. Disponível em: http://ipol.org.br/diagrama-mostra-as-linguas-mais-faladas-no-mundo. Acesso em: 18 abr. 2021.

DUGGAN, Susan. What business wants: language needs in the 21st Century. The Language Flagship, National Security Education Program. Washington, DC, 2009. Disponível em: https://cutt.ly/JxxRaDS. Acesso em 22 mar. 2021.

FURTOSO, V. B.; RIVERA, S. J. Ensino de Português nos Estados Unidos: uma compilação. Revista Multidisciplinar Acadêmica Vozes dos Vales, Diamantina, n. 4, ano II, 2013.

JOHNSON, David. Language Policy. Palgrave Macmillan, 2013.

MARAZZI, Christian. O lugar das meias: a virada linguística. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.

MOTTA-ROTH, Désirée. Competências Comunicativas Interculturais no Ensino de Inglês como Língua Estrangeira. In: MOTTA-ROTH, Désirée; BARROS, Nina Célia; RICHTER, Marcos Gustavo (org.). Linguagem, cultura e sociedade. Santa Maria, RS: PPGL Editores/UFSM, 2006. p. 191-201.

NATIONAL COUNCIL OF LESS COMMONLY TAUGHT LANGUAGES. Welcome. Bloomington, IN. Disponível em: https://ncolctl.org. Acesso em: 25 abr. 2021.

NÓBREGA, Maria Helena de. Políticas linguísticas e internacionalização da língua portuguesa: desafios para a inovação. Revista de Estudos da Linguagem, Belo Horizonte, v. 24, n. 2, p. 417-445, 2016.

OLIVEIRA, Gilvan Müller de. O lugar das línguas: A América do Sul e os mercados linguísticos na Nova Economia. Synergies Brésil, [S. I.], n. spécial 1, p. 21-30, 2010.

OLIVEIRA, Gilvan Müller de. Política linguística e internacionalização: a língua portuguesa no mundo globalizado do século XXI. Trabalhos em Linguística Aplicada, [S. I.], v. 52, n. 2, p. 409-434, jul./dez. 2013. https://doi.org/10.1590/S0103-18132013000200010.

SCHIFFMAN, Harold. Linguistic Culture and Language Policy. New York: Routledge, 1996.

SOLLAI, Silvia; ALVIM, Renato; BIANCONI, Celia; PARMA, Alan. Portuguese is in! From Less Commonly Taught to Critical to World Language. Todas as Letras, São Paulo, v. 20, n. 1, p. 105-121, jan./abr. 2018.

SPOLSKY, Bernard. Language Policy. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.

SOARES, Sofia Maria de Carvalho Campos Duarte. Português Língua de Herança: Da Teoria à Prática. 2012. 120 fls. Dissertação (Mestrado em Português Segunda Língua/Língua Estrangeira) – Faculdade de Letras, Universidade do Porto, Porto, 2012.

SOUZA, Ana. Is Brazilian Portuguese being taught as a community or heritage language? Language Issues, [S. I.], v. 27, n. 1, p. 21-28, 2016.

THE LANGUAGE FLAGSHIP. The Next Generation Of Global Professionals. In: The Leanguage Flagship. EUA, c2013. Disponível em: https://www.thelanguageflagship.org. Acesso em 25 abr. 2021.

Publicado

2022-07-01

Cómo citar

Guth, A., Primo, G., & Amaral, J. P. W. (2022). O lugar do português nos Estados Unidos: Crenças e motivações para o ensino-aprendizagem de PLA em universidades estadunidenses. Letrônica, 15(1), e41043. https://doi.org/10.15448/1984-4301.2022.1.41043

Número

Sección

Portugués como Lengua Adicional en contextos internacionales