Clarezas (e obscuridades) d' O Desertor de Silva Alvarenga

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-4301.2018.1.28146

Palabras clave:

Poética, Poesia Setecentista, Poesia colonial, Teoria dos Gêneros, Retórica.

Resumen

O presente trabalho versa sobre a relação entre público e obra na invenção de O desertor de Inácio da Silva Alvarenga (1749-1814), a partir da imitação dos modelos retóricos de longa duração que concorrem no momento de escrita do poema durante o mecenato pombalino. Assim, propõe-se que contra certa ortodoxia das doutrinas de arte de um Cândido Lusitano, Alvarenga produz liames de obscuridade em seu poema heróicômico que, pela natureza mista, fala também a um público misto (o especializado do ambiente acadêmico, no qual a obra foi gestada, e o amplo, idealizado pelo projeto civilizatório pombalino).

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Lucas Bento Pugliesi, Professor Substituto - UFRJ Mestrando - USP

Professor Substituto de Teoria Literária da UFRJ/RJ

Mestrando em Literatura Brasileira pela USP/SP

Bolsista do CNPq

Citas

ALVARENGA, Manuel Inácio da Silva. O desertor: poema herói-cômico. Coimbra: Na real oficina da Universidade, 1774.

BOILEAU-DESPRÉAUX, Nicolas. Arte poética. Trad. Célia Berrettini. São Paulo: Perspectiva, 1979.

CARDOSO, Patrícia. Categorias retórico-poéticas e produção de embates n´O desertor, de Manuel Inácio da Silva Alvarenga. Tese (Doutorado em Letras) — Faculdade de Ciências e Letras de Assis, UNESP – Universidade Estadual Paulista, Assis, 2016.

DELEUZE, Gilles. A dobra: Leibniz e o barroco. Trad. Luiz B. Orlandi. Campinas: Papirus, 1991.

DERRIDA, Jacques. Gramatologia. Trad. Miriam Chnaiderman e Renato Janine Ribeiro. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2013.

FREIRE, Francisco José (Cândido Lusitano). Arte poética ou Regras da verdadeira poesia em geral, e de todas as suas especies principaes, tratadas com juízo crítico. 2. ed. Lisboa: Na. Offic. Patricial Francisc. Luiz Ameno, 1759.

FURTADO, Joaci. A caligrafia dos afetos: o poema herói-cômico árcade e a sociedade luso americana. Tese (Doutorado em História) — Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.

KOSSOVITCH, Leon. Condillac: lúcido e translúcido. Cotia: Ateliê, 2011.

RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: Estética e política. Trad. Mônica Costa Netto. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2014.

TEIXEIRA, Ivan. Mecenato pombalino e poesia neoclássica: Basílio da Gama e a poética do encômio. São Paulo: Edusp, 1999.

TUNA, Gustavo Henrique. Silva Alvarenga: representante das Luzes na América. Tese (Doutorado em História) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

ZUMTHOR, Paul. Introdução à poesia oral. Trad. Jerusa Pires Ferreira et al. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

Publicado

2018-06-27

Cómo citar

Pugliesi, L. B. (2018). Clarezas (e obscuridades) d’ O Desertor de Silva Alvarenga. Letrônica, 11(1), 78–90. https://doi.org/10.15448/1984-4301.2018.1.28146