Narrar para compreender: o relato como forma de organizar a experiência em Domingo à tarde, de Fernando Namora
Palavras-chave:
Monologia, dialogia, escrita do eu, Fernando Namora, Mikhail BakhtinResumo
Utilizando os conceitos elaborados por Mikhail Bakhtin em Problemas da poética de Dostoiévski, especialmente os de monovocalidade e bivocalidade e de monologia e dialogia, este artigo analisa o romance Domingo à tarde, do escritor português Fernando Namora. Buscamos mostrar que, mesmo em um relato em primeira pessoa, o que se tem é uma ficcionalização do eu, um acabamento da personagem que é impossível à autoconsciência no momento em que uma experiência está sendo vivida. Além disso, o fato de a voz do narrador – ou do autor, como quer Bakhtin – refratar-se na voz de um protagonista, de um participante dos acontecimentos narrados, não reduz a força do discurso referencial direto e imediato: aquele que nomeia, comunica, enuncia e representa, não permitindo que as vozes das demais personagens se manifestem de maneira autônoma.Downloads
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