Interface semântico-pragmática: conteúdo proposicional e teorias de processamento
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-4301.2015.1.19620Palavras-chave:
Conteúdo proposicional, Teorias de processamento, Semântica minimalista, Contextualismo, Interface semântico-pragmática.Resumo
Este artigo argumenta que uma teoria de semântica minimalista não considera os níveis de recurso ao contexto necessários para avaliar a verdade ao nível proposicional. Especificamente, argumenta-se que, para além de apelos pronominais permitidos pelos minimalistas, a pragmática pode permear o conteúdo proposicional de várias maneiras. Estes incluem a saturação, o enriquecimento livre, e fortalecimento e enfraquecimento dos conceitos constituintes. O primeiro refere-se a como o contexto ajuda na referência aos indexadores; a segunda aos constituintes desarticulados (por exemplo, ‘pagar’ com o constituinte desarticulado “a conta”) e o terceiro a como o contexto pode corrigir ambiguidades que possam surgir a partir de atribuir um significado específico a um conceito (por exemplo, metafórico, em oposição a literal). Ao mostrar que processos pragmáticos operam no nível proposicional, conclui-se que uma visão que vê a semântica como sendo primordial para determinar o significado ao nível proposicional e os processos pragmáticos como secundários é errônea. Em vez disso, um argumento mais plausível é que os dois processos são paralelos, o que tem implicações significativas. A primeira implicação é que as proposições só podem ser plenamente avaliadas no nível do enunciado; a segunda é que os defensores de uma teoria da mente computacional e modular podem precisar rever suas hipóteses, com base no argumento de processamento paralelo.Downloads
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