Memória e dimensões discursivas: a memória como desocultação da temporalidade
Palavras-chave:
Memória, Semiótica, Filosofia da Linguagem, PoesiaResumo
Resumo: A memória é aqui apresentada como deiscência da percepção, sendo o conceito de deiscência arquitetado em sua dimensão fenomenológica, ou seja, como abertura ou encontro criativo que possibilita a existência do duplo. E é essa memória, concebida inseparável do modo de existência de cada formação textual, que, dependendo de cada dimensão discursiva que a tenha gerado, apresentará repertórios, ou conjuntos harmônicos de interpretantes, diferentes. A memória é, destarte, ideada em seu modo, ou forma, nobre: aquele concebido pelo Espírito Selvagem e pelo Ser Bruto (conceitos da obra de Merleau-Ponty); é, assim, a historicidade da vida, que capta as formações discursivas como excesso do que se queria fazer, dizer e pensar, excesso que abre aos outros a possibilidade de retomada e de criação. O corpus para análise foi composto por textos de Hilda Hilst, principalmente os encontrados em Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão; e o exame teve como substrato epistemológico a Semiótica Discursiva; o norte teórico deste trabalho é composto, ainda, pela Fenomenologia – Bergson, Husserl e Merleau-Ponty.
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