Avaliação isocinética do membro inferior de atleta com amputação transtibial: estudo de caso
DOI:
https://doi.org/10.15448/10.15448/1980-6108.2014.4.17280Palavras-chave:
AMPUTAÇÃO, EXTREMIDADE INFERIOR, TERAPIA POR EXERCÍCIO.Resumo
OBJETIVOS: Avaliar os efeitos de um treinamento isocinético no pico de torque e na potência máxima dos músculos flexores e extensores de joelho e quadril em um atleta amputado de membro inferior. DESCRIÇÃO DO CASO: Avaliou-se um atleta de Triathlon com 27 anos de idade com amputação congênita do terço proximal da tíbia à direita, usuário de prótese de alta performance para corrida. Realizou-se perimetria de ambos os membros inferiores, mensuração do pico de torque e mensuração da potência máxima da musculatura flexora e extensora de joelho e quadril, por meio de um dinamômetro isocinético antes e após duas semanas de treinamento com exercícios no isocinético. Comparando-se os dados da avaliação com os da reavaliação, através de análise descritiva exploratória, observou-se que houve redução do coeficiente de variação das quatro repetições dos movimentos de flexão e extensão de quadril e joelho de ambas as extremidades inferiores, identificando maior uniformidade nas curvas de torque na reavaliação quando comparada à avaliação inicial. CONCLUSÕES: É fundamental um período de adaptação no dinamômetro isocinético em atletas com amputação de membro inferior, para familiarização na execução dos movimentos concêntricos e excêntricos. A ausência ou ineficiência dessa adaptação poderá comprometer os dados para a composição de protocolos de tratamento e/ou treinamento do atleta com amputação.Downloads
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