Controle percebido em cuidadores de idosos no contexto familiar: variáveis associadas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-8623.2020.1.33690

Palavras-chave:

cuidadores, idoso, crenças religiosas, adaptação psicológica

Resumo

O presente estudo teve como objetivos testar um modelo explicativo do senso de controle de idosos cuidadores de idosos e comparar a frequência de respostas em senso de controle considerando respostas da amostra em fragilidade, sobrecarga, religiosidade, gênero e idade. Participaram 148 idosos cuidadores, sendo 77% mulheres e idade média de 70 anos. Senso de controle (Escala CASP-19), fragilidade autorreferida, sobrecarga (Escala de Sobrecarga de Zarit) e religiosidade (Índice de Religiosidade de DUKE) foram avaliados. Os resultados mostraram que o aumento do senso de controle associou-se ao aumento da religiosidade organizacional (t=0.206) através do aumento da idade (t=0.209) e à diminuição da sobrecarga (t=-0.375) e que idosos que reportaram baixa sobrecarga (p<0.001) e alta religiosidade organizacional (p=0.002) apresentaram alto senso de controle. Os dados evidenciaram que idosos cuidadores mais velhos que frequentavam encontros religiosos e que se percebiam menos sobrecarregados pela situação do cuidado tiveram maior senso de controle.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Larissa Centofanti Lemos, Universidade Estadual de Campinas, SP

Mestrado em Gerontologia (UNICAMP).

Samila Sathler Tavares Batistoni, Universidade de São Paulo, SP

Doutorado em Educação – UNICAMP.

Meire Cachioni, Universidade de São Paulo, SP

Doutorado em Educação – UNICAMP.

Anita Liberalesso Neri, Universidade Estadual de Campinas, SP

Doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano (USP).

Referências

Anderson, J. C., & Gerbing, D. W. (1988). Structural equation modeling in practice: A review and recommended two-step approach. Psychological Bulletin, 103(3), 411-423. doi:10.1037/0033-2909.103.3.411

Bengtson, V. L., Silverstein, M., Putney, N. M. & Harris, S. C. (2015). Does religiousness increase with age? Age changes and generational differences over 35 years. JSSR, 54(2), 363-379. doi:10.1111/jssr.12183

Bianchi, M. (2015). Indicadores de sobrecarga, estratégias de enfrentamento e sintomas depressivos em idosos que cuidam de outros idosos (Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual de Campinas, Campinas). Recuperado de <http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/313052>

Brigola, A. G., Luchesi, B. M., Alexandre T. S., Inouye, K., Mioshi, E.& Pavarini, S. C. I. (2017). High burden and frailty: association with poor cognitive performance in older caregivers living in rural areas. Trend Psychiatry Psychother, 39(4), 257-263. doi:10.1590/2237-6089-2016-0085

Conover, W. J. (1999). Practical Nonparametric Statistics. New York: John Wiley & Sons.

Damasceno, A., Delicio, A. M., Mazo, D. F., Zullo, J. F., Scherer, P., Ng, R. T., & Damasceno, B. P. (2005). Validation of the Brazilian version of mini-test CASI-S. Arquivos de neuro-psiquiatria, 63(2B), 416-421. doi:10.1590/S0004-282X2005000300010

Dos Santos, R. L. & Virtuoso, J. S., Jr. (2008). Confiabilidade da versão brasileira da Escala de Atividades Instrumentais de Vida Diária. RBPS, 21(4), 290-296

Fleiss, J. L. (1981). Statistical Methods for Rates and Proportions. New York: John Wiley & Sons.

Fried, L. P., Tangen, C. M., Walston, J., Newman, A. B., Hirsch, C., Gottdiener, J., Seeman, T., Tracy, R., Kop, W. J., Burke, G. & McBurnie, M. A. (2001). Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol A Biol Sci Med Sci, 56(3), M146-M157. doi:10.1093/gerona/56.3.M146

Hatcher, L. (1994). A step-by-step approach to using the SAS System for factor analysis and structural equation modeling. Cary, NC: SAS Institute Inc., 588p.

Hyde, M., Wiggins, R. D., Higgs, P., & Blane, D. B. (2003). A measure of quality of life in early old age: the theory, development and properties of a needs satisfaction model (CASP-19). Aging & mental health, 7(3), 186-194. doi:10.1080/1360786031000101157

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010). Censo Demográfico 2010: Características gerais da população, religião e pessoas com deficiência. Recuperado de: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/caracteristicas_religiao_deficiencia/caracteristicas_religiao_deficiencia_tab_xls.shtm

Jones, A. J., Kuijer, R. G., Livingston, L., Myall, D., Horne, K., MacAskill, M., … & Dalrymple-Alford, J. C. (2017). Caregiver burden is increased in Parkinson’s disease with mild cognitive impairment (PD-MCI). Translational Neurodegeneration, 6(17), 1-9. doi:10.1186/s40035-017-0085-5

Koenig, H. G. (2017). Religion and spirituality in gerontology. In: M. Balboni & J. Peteet (Org.), Spirituality and religion within the culture of medicine: from evidence to practice (pp. 109-127). New York: Oxford University Press.

Koenig, H. G. (2012). Religion, spirituality, and health: the research and clinical implications. ISRN psychiatry, 2012. doi:10.5402/2012/278730

Koenig, H. G., Nelson, B., Show, S. F., Saxena, S., & Cohen, H. J. (2016). Religious involvement and adaptation in female caregivers. JAGS, 64(3), 578-583. doi:10.1111/jgs.13929

Krause, N. & Hayward, R. D. (2014). Religion, finding interests in life, and change in self-esteem during late life. Research on Aging, 36(3), 364-381. doi:10.1177/0164027513496437

Krause, N. (2007). Social involvement in religious institutions and God-mediated control beliefs: a longitudinal investigation. J Sci Study Relig, 46(4), 519-537. doi:10.1111/j.1468-5906.2007.00375.x

Lino, V. T. S., Pereira, S. R. M., Camacho, L. A. B., Ribeiro Filho, S. T., & Buksman, S. (2008). Adaptação transcultural da escala de independência em atividades de vida diária (Escala de Katz). Cadernos de Saúde Pública, 24(1), 103-112. doi:10.1590/S0102-311X2008000100010

Montaño, M. B. M. M., & Ramos, L. R. (2005). Validade da versão em português da clinical dementia rating. Revista de Saúde Pública, 39(6), 912-917. doi:10.1590/S0034-89102005000600007

Neri, A. L., Borim, F. S. A., Batistoni, S. S. T., Cachioni, M., Rabelo, D. F., Fontes, A. P. & Yassuda, M. S. Nova validação semântico-cultural e estudo psicométrico da CASP-19 em adultos e idosos brasileiros. (2018). Cad. Saúde Pública, 34(10), e:00181417. doi:10.1590/0102-311X00181417

Nunes, D. P., de Oliveira Duarte, Y. A., Santos, J. L. F., & Lebrão, M. L. (2015). Rastreamento de fragilidade em idosos por instrumento autorreferido. Revista de Saúde Pública, 49, 1-9. doi:10.1590/S0034-8910.2015049005516

Oldenkamp, M., Hagedoorn, M., Wittek, R., Stolk, R., & Smidt, N. (2017). The impact of older person’s frailty on the care-related quality of life of their informal caregiver over time: results from the TOPIC-MDS project. Qual Lif Res. doi:10.1007/s11136-017-1606-5

Pearlin, L. I., Mullan, J. T., Semple, S. J., & Skaff, M. M. (1990). Caregiving and the stress process: an overview of concepts and their measures. The Gerontologist, 30(5), 583-591. doi:10.1093/geront/30.5.583

Pearlin, L. I. (2009). The life course and the stress process: some conceptual comparisons. J Gerontol B Psychol Sci Soc Sci, 65B(2), 207-215. doi:10.1093/geronb/gbp106

Potier, F., Degryse, J. M., Bihin, B., Debacq-Chainiaux, F., Charlet-Renard, C., Martens, H., & de Saint-Hubert, M. (2018). Health and frailty among older spousal caregivers: an observational cohort study in Belgium. BMC geriatrics, 18(1), 291. doi:10.1186/s12877-018-0980-3

Rafnsson, S. B., Shankar, A., & Steptoe, A. (2015). Informal caregiving transitions, subjective well-being and depressed mood: findings from the English Longitudinal Study of Ageing. Aging & Mental Health, 0(0), 1-9. doi:10.1080/13607863.2015.1088510

Santos-Orlandi, A. A., Brito, T. R. P., Ottaviani, A. C., Rossetti, E. S., Zazzetta, M. S., Gratão, A. C. M., Orlandi, F. S. & Pavarini, S. C. I. (2017a). Perfil de idosos que cuidam de outros idosos em contexto de alta vulnerabilidade social. Esc Anna Nery, 21(1), e20170013. doi:10.5935/1414-8145.20170013

Santos-Orlandi, A. A., Brito, T. R. P., Ottaviani, A. C., Rossetti, E. S., Zazzetta, M. S. & Pavarini, S.C. I. (2017b). Elderly who take care of elderly: a study on the Frailty Syndrome. Rev Bras Enferm, 70(7), 822-829. doi:10.1590/0034-7167-2016-0474

Scazufca, M. (2002). Brazilian version of the Burden Interview scale for the assessment of burden of care in carers of people with mental illnesses. Revista brasileira de psiquiatria, 24(1), 12-17. doi:10.1590/S1516-44462002000100006

Sexton, E., King-Kallimaris, B. L., Layte, R., & Hickey, A. (2015). CASP-19 special section: how does chronic disease status affect CASP quality of life at older ages? Examining the WHO ICF disability domains as mediators of this relationship. Aging & Mental Health, 19(7), 622-633. doi:10.1080/13607863.2014.955457

Sun, F. (2014) Caregiving stress and coping: a thematic analysis of chinese Family caregivers of persons with dementia. Dementia, 16(6), 803-818. doi:10.1177/1471301213485593

Swinkels, J., Tilburg, T. V., Verbakel, E., & Broese van Groenou, M. (2017). Explaining the Gender Gap in the Caregiving Burden of Partner Caregivers. J Gerontol B Psychol Sci Soc Sci. doi:10.1093/geronb/gbx036

Tabachnick, B. G., & Fidell, L. S. (2001). Using multivariate statistics. Boston: Allyn and Bacon.

Taunay, T. C. D., Gondim, F. D. A. A., Macêdo, D. S., Moreira-Almeida, A., Gurgel, L. D. A., Andrade, L. M. S., & Carvalho, A. F. (2012). Validação da versão brasileira da escala de religiosidade de

Duke (DUREL). Rev Psiq Clín, 39(4), 130-5. doi:10.1590/S0101-60832012000400003

Downloads

Publicado

2020-05-15

Como Citar

Lemos, L. C., Batistoni, S. S. T., Cachioni, M., & Liberalesso Neri, A. (2020). Controle percebido em cuidadores de idosos no contexto familiar: variáveis associadas. Psico, 51(1), e33690. https://doi.org/10.15448/1980-8623.2020.1.33690

Edição

Seção

Revisão Sistemática

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)