La dignidad como figura de la justicia en Los niños de Hiroshima (1952) y La batalla de Argel (1966)

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3729.2022.1.43010

Palabras clave:

Imaginación política moderna, Justicia, Tiempo

Resumen

El ensayo hace una fenomenología de la imaginación política en dos películas modernas. Pone, lado a lado para el análisis comparativo, el bombardeo atómico, en Los niños de Hiroshima (Kaneto Shindo, 1952), y el colonialismo, en La batalla de Argel (Gillo Pontecorvo, 1966), presentando, en el tiempo, la imagen de la dignidad como una figura de justicia de lo que Eric Hobsbawm llamó de “la era de los extremos”. En este sentido, se discute la filosofía política de Charles Taylor sobre la dignidad en el mundo moral de los modernos en diálogo con la fenomenología de la imaginación poética de Bachelard, aquí utilizada con otro enfoque, hacia la imaginación política de los espacios de hostilidad refiriéndose a materias ardientes y a las imágenes apocalípticas. 

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Biografía del autor/a

Dinaldo Filho, Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), Foz do Iguaçu, PR, Brasil.

Doutor em Sociologia pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Mestre em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Professor Adjunto de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Docente permanente do Programa de Pós-graduação em Literatura Comparada (PPGLC-UNILA). Líder do NEPI – Núcleo de Estudos em Estética e Política dos Imaginários, grupo de pesquisa do CNPq com ênfase nas relações entre cinema, audiovisual e pensamento político e moral. 

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Publicado

2022-11-17

Cómo citar

Filho, D. (2022). La dignidad como figura de la justicia en Los niños de Hiroshima (1952) y La batalla de Argel (1966). Revista FAMECOS, 29(1), e43010. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2022.1.43010