A prática do Karate-Dõ e cognição em idosos: uma revisão narrativa da literatura
DOI:
https://doi.org/10.15448/2357-9641.2016.1.22825Palabras clave:
Envelhecimento, Artes Marciais, Karate, Cognição, Saúde.Resumen
Objetivo: Apresentar e discutir, através de uma revisão narrativa, possíveis benefícios da prática do Karate-Dõ sobre os aspectos cognitivos no envelhecimento. Fontes de dados: Foram consultadas as bases de dados MEDLINE, SportDiscuss, LILACS e SciElo no período de janeiro a agosto de 2015, com buscas a partir do ano 2000, nas línguas portuguesa, espanhola e inglesa, com os termos “Karate”, “Tai Chi”, “Martial Arts”, “Older People”, “Elderly” e “Cognition”, com auxílio de operadores booleanos (AND e OR); parênteses para ordenação dos operadores e aspas para identificação de palavras compostas. Resumo das constatações: O processo de envelhecimento está associado a diversas alterações no indivíduo, como diminuição de capacidades físicas e de aspectos cognitivos. Esta diminuição é própria do envelhecimento e pode ser agravada devido ao estilo de vida, sendo a atividade física um importante componente para manutenção das capacidades, de forma geral. Dentro das atividades físicas, destacamos o uso das artes marciais como forma de exercício sistematizado, cujo objetivo é a promoção de saúde e a (re)educação sobre o próprio corpo, tanto nos aspectos físicos quanto cognitivos. O Karate-Do é uma disciplina de desenvolvimento pessoal que possibilita memorizar e aprender um grande conjunto de movimentos e exercícios sequenciais, o que indica a presença de uma tarefa cognitiva exigente. Conclusões: A literatura é escassa e controversa nesse tema, no entanto, ao trabalhar técnicas de kihon (fundamento), kata (forma) e kumite (luta), o karateka (praticante) está sendo estimulado a organizar e manter estruturas cognitivas que facilitem e fixem seu aprendizado, sugerindo potencial beneficio às funções cognitivas.
Descargas
Citas
Blessmann EJ. Corporeidade e envelhecimento: o significado do corpo na velhice, [dissertação], Rio Grande do Sul: Faculdade de Educação Física, Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2003.
Sternberg RJ. Psicologia cognitiva. Porto Alegre: Artmed; 2008.
La Rue A. Healthy brain aging: role of cognitive reserve, cognitive stimulation, and cognitive exercises. Clin Geriatr Medicine 2010;26(1):99-111.
Nunan D. Development of a sports specific aerobic capacity test for karate: a pilot study. Sports Sci Medicine 2006;5: 47-53.
Jansen P, Dahmen-Zimmer K. Effects of cognitive, motor, and karate training on cognitive functioning and emotional well-being of elderly people. Front Psychology 2012;3:40.
Burke DT, Al-Adawi S, Lee YT, et al. Martial arts as sport and therapy. J Sports Med Phys Fitness 2007;47(1): 96-102.
Nakazato J, Oshiro N, Miyagi T, et al. Okinawa karate and martial arts with weaponry [Internet]. 2003 [Acesso em 2012 jun 20]. Disponível em URL: http://www.wonderokinawa.jp/023/eng.
Neto VRS. Os benefícios da prática do karatê na vida dos idosos. Edu Fís Revista 2011;5(1):1-7. Wagner GP, Brandão L, Parente MAMP. Disfunções cognitivas do declínio cognitivo leve. In Parente MAMP, organizador. Cognição e envelhecimento. Porto Alegre: Artmed; 2006.
Petersen RC, Stevens J, Ganguli M, et al. Practice parameter: early detection of dementia: mild cognitive impairment. Neurology 2001;56:1133-42.
Petersen RC. Mild cognitive impairment as a diagnostic entity. J Intern Medicine 2004;256(3):183-94.
Charchat-Fichman H, Caramelli P, Sameshima K, et al. Declínio da capacidade cognitiva durante o envelhecimento. Rev Bras Psiquiatria 2005;27(12):79-82.
Sosa AL, Albanese E, Stephan, BC, et al. Prevalence, distribution, and impact of mild cognitive impairment in Latin America, China and India: a 10/66 population-based study. PLoS Medicine 2012;9(2):e1001170. doi:10.1371/journal.pmed.1001170
Chaves ML, Camozzato AL, Godinho C, et al. Incidence of mild cognitive impairment and Alzheimer disease in Southern Brazil. J Geriatr Psychiatry Neurology 2009;22(3):181-7.
Reiman EM. Alzheimer's disease and other dementias: advances in 2013. Lancet Neurology 2014;13(1):3-5.
Kato-Narita EM, Nitrini R, Radanovic M. Assessment of balance in mild and moderate stages of Alzheimer's disease: implications on falls and functional capacity. Arquivos de Neuropsiquiatria 2011;69(2A):202-207.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Projeção da População do Brasil por sexo e idade: 2000-2060 [Internet]. 2013 [Acesso em 2016 fev 20]. Disponível em URL: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/projecao_da_populacao/2013/default_tab.shtm
Cicerone KD, Langenbahn DM, Braden C, et al. Evidencebased cognitive rehabilitation: updated review of the literature from 2003 through 2008. Archives of Physical Medicine Rehabilitation 2011;92(4):519-530.
Anstey KJ, Von Sanden C, Salim A, et al. Smoking as a risk factor for dementia and cognitive decline: a meta-analysis of prospective studies. Am J Epidemiology 2007;166(4): 367-78.
Proust-Lima C, Amieva H, Letenneur L, et al. Gender and education impact on brain aging: a general cognitive factor approach. Psychol Aging 2008 Sept;23(3):608-20.
Stern Y. Cognitive reserve in ageing and Alzheimer's disease. Lancet Neurology 2012;11(11):1006-12.
Nucci M, Mapelli D, Mondini S. Cognitive Reserve Index questionnaire (CRIq): a new instrument for measuring cognitive reserve. Aging Clin Exp Research 2012;24(3): 218-26.
American College of Sports Medicine. Exercise and physical activity for older adults: position stand. Med Sci Sports Exercise 2009;41(7):1510-30.
Barnes DE, Yaffe K., Satariano WA, et al. A longitudinal study of cardiorespiratory fitness and cognitive function in healthy older adults. J Am Geriatr Society 2003;51(4):459-65.
Sattler C, Toro P, Schönknecht P, et al. Cognitive activity, education and socioeconomic status as preventive factors for mild cognitive impairment and Alzheimer's disease. Psychiatry Research 2012;196(1):90-5.
Antunes HKM, Santos RF, Cassilhas R, et al. Exercício físico e função cognitiva: uma revisão. Rev Bras Med Esporte 2006;12(2):108-14.
Funakoshi G. Karatê-Do Nyumon: texto introdutório do mestre. São Paulo: Cultrix; 1999.
Nakayama M. O melhor do Karatê: visão abrangente – práticas. São Paulo: Cultrix; 2000.
Dantas EHM. A Prática da Preparação Física. Rio de Janeiro: Shape; 2003.
Fabrício SCC, Rodrigues RAP, Junior MLC. Causas e consequências de quedas de idosos atendidos em hospital público. Rev Saúde Pública 2004;38(1):93-9.
Imamura T, Hirono N, Hashimoto M, et al. Fall-related injuries in dementia with Lewy Bodies (DLB) and Alzheimer’s disease. Eur J Neurology 2000;7(1):77-9.
Sheridan PL, Hausdorff JM. The role of higher-level cognitive function in gait: executive dysfunction contributes to fall risk in Alzheimer’s disease. Dement Geriatric Cogn Disorders 2007;24(2):125-37.
Viana ED, Paiva ACS, Vassoler MZ, et al. Efeitos de um treinamento de karatê nas funções cognitivas e motoras em idoso com demência mista. Rev Facul Integr Claretianas 2011;1(4):149-59.
Conant KD, Morgan AK, Muzykewicz D, et al. A karate program for improving self-concept and quality of life in childhood epilepsy: results of a pilot study. Epilepsy & Behavior 2008;12(1):61-5.
Man DWK, Tsang WWN, Hui-Chan CWY. Do older T’ai Chi practitioners have better attention and memory function? J Altern Complement Medicine 2010;16(12): 1259-64.
Nguyen MH, Kruse A. A randomized controlled trial of Tai chi for balance, sleep quality and cognitive performance in elderly Vietnamese. Clin Interv Aging 2012;7:185-90.
Lam LCW, Chau RCM, Wong BML, et al. Interim follow-up of a randomized controlled trial comparing Chinese style mind body (Tai Chi) and stretching exercises on cognitive function in subjects at risk of progressive cognitive decline. Int J Geriatr Psychiatry 2011;26(7):733-40.
Chang JY, Tsai P, Beck C, et al. The effect of Tai Chi on cognition in elders with cognitive impairment. Medsurg Nursing 2011;20(2):63-70.
Wang W, Sawada M, Noriyama Y, et al. Tai Chi exercise versus rehabilitation for the elderly with cerebral vascular disorder: a single-blinded randomized controlled trial. Psychogeriatrics 2010;10(3):160-6.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de Autor
La sumisión de originales para la PAJAR implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a PAJAR como el medio de la publicación original.
Creative Commons License
Excepto donde especificado de modo diferente, se aplican a la materia publicada en este periódico los términos de una licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional, que permite el uso irrestricto, la distribución y la reproducción en cualquier medio siempre y cuando la publicación original sea correctamente citada.