Fake news e pós-verdade na construção do Neoconservadorismo no Brasil pós-2013 e os efeitos nas eleições de 2018
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-4301.2020.2.35546Palabras clave:
Política, Ódio, Intolerância, Pós-verdade, Fake newsResumen
A conjuntura política brasileira recente efetivou o recrudescimento do conservadorismo, especialmente no que diz respeito ao comportamento de uma parcela considerável da população que, ao abraçar ideias da extrema direita, contribuiu para levar o Brasil a uma situação obscurantista. Diante da relevância dessa temática na atualidade, este estudo tem por objetivo desenvolver uma discussão sobre o crescimento das ideias extremistas sob a influência das fake news na era da pós-verdade. Metodologicamente é conduzido pela abordagem qualitativa de caráter exploratório e descritivo, à luz dos preceitos teóricos encontrados em Marcondes Filho (1989), Tandoc, Lim e Ling (2017), Dunker (2017), Gomes (2018), Löwy (2015), Miguel (2018), Almeida (2018), Souza (2016) e Charaudeau (2016), e apresenta uma discussão sobre a intolerância política nas redes sociais virtuais durante as eleições presidenciais de 2018. Como resultado desse cenário e com base no referencial utilizado, verificamos que a extrema-direita utilizou o ódio como plataforma política para manipular a opinião pública. Com efeito, o País registrou uma reconfiguração do sentido da vida política nas instâncias de poder e cidadã.
Descargas
Citas
ADORNO, Theodor. Educação e emancipação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.
ALMEIDA, Silvio Luiz de. Neoconservadorismo e liberalismo. In: GALLEGO, Esther Solano (org.). O Ódio como Política: a reinvenção da direita no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2018. p. 27-32. v. 1.
AQUINO, Mirian de Albuquerque. A informação nas estratégias educativas de recusa à intolerância em contextos virtuais/reais. BOCC/Biblioteca Online de Ciências da Comunicação, 2001. p. 1-16. v. I. v. I.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. 12. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2009.
CHARAUDEAU, Patrick. Linguagem e discurso: modos de organização. Tradução de Angela M. S.Corrêa. 2. Ed. São Paulo: Contexto, 2016a.
CHARADEAU, Patrick. A conquista da opinião pública: como o discurso manipula as escolhas políticas. Tradução de Angela M. S.Corrêa. São Paulo: Contexto, 2016b.
D’ANCONA, Matthew. Pós-Verdade: a nova guerra contra os fatos em tempos de fakenews. Trad. de Carlos Szlak. Barueri: Faro Editorial, 2018.
DUNKER, Christian et al. Ética e Pós-verdade. Porto Alegre: Dublinense, 2017.
GOMES, Wilson. Antipetismo, neoconservadorismo e “novos participantes” nas eleições de 2018. Revista Cult. 12 abr. 2018. Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/antipetismo-neoconservadorismo-e-novos-participantes-nas-eleicoes-de-2018/. Acesso em: 02 maio 2019.
KIRBY, Emma Jane. A cidade europeia que enriquece inventando notícias e influenciando eleições. BBC News, 12 dez. 2016. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-38206498. Acesso em: 09 abr. 2019.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.
LIPPMANN, Walter. Opinião Pública. Trad. De Jacques A. Wainberg. Petrópolis: Vozes, 2008.
LÖWY, Michael. Conservadorismo e extrema-direita na Europa e no Brasil. Serv. Soc., São Paulo, n. 124, p. 652-664, out./dez. 2015. https://doi.org/10.1590/0101-6628.044
MARCONDES FILHO, Ciro. O capital da notícia: jornalismo como produção social da segunda natureza. São Paulo: Ed. Ática, 1989.
MESQUITA, Lígia. Denúncias de discurso de ódio online dispararam no 2º turno das eleições, diz ONG. BBC Brasil, 09 nov. 2018. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-46146756. Acesso em: 21 maio 2019.
MIGUEL, Luis Felipe. A reemergência da direita brasileira. In: GALLEGO, Esther Solano (org.). O Ódio como Política: a reinvenção da direita no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2018. p. 17-26. v. 1.
PASQUINI, Patrícia. Estudo diz que 90% dos eleitores de Bolsonaro acreditaram em fake news. Disponível em: https://www.valor.com.br/politica/5965577/estudo-diz-que-90-dos-eleitores-de-bolsonaro-acreditaram-em-fake-news. Acesso em: 21 jan. 2019.
ORWELL, George. 1984. Trad. de Alexandre Hubner e Heloisa Jahn. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
OXFORD ENGLISH DICTIONARY. Word of the year 2016 is.... Disponível em: https://en.oxforddictionaries.com/word-of-the-year/word-of-the-year-2016. Acesso em: 17 abr. 2019.
ROCHA, Camila. O jogo sujo da direita: think tanks ultraliberais e a nova direita brasileira. Le Monde Diplomatique Brasil, 2 nov. 2017. Disponível em: https://diplomatique.org.br/think-tanksultraliberais-e-nova-direita-brasileira/. Acesso em: 16 dez. 2019.
SOUZA, Jessé. A elite do atraso: da escravidão à lava-jato. Rio de Janeiro: Leya, 2017.
SOUZA, Jessé. A radiografia do golpe. Rio de Janeiro: Leya, 2016.
TANDOC JUNIOR, Edson; LIM, Zheng Wei; LING, Richard. Defining fake news. Trad. Mauri de Castro Azevedo. Digital Journalism, Abingdon, v. 6, n. 2, p. 137-153, 2017. https://doi.org/10.1080/21670811.2017.1360143
WOLF, Mauro. Teorias da Comunicação. Lisboa: Presença, 1999.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2020 Letrônica
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Direitos Autorais
La sumisión de originales para la Letrônica implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a Letrônica como el medio de la publicación original.
Licença Creative Commons
Excepto donde especificado de modo diferente, se aplican a la materia publicada en este periódico los términos de una licencia Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite el uso irrestricto, la distribución y la reproducción en cualquier medio siempre y cuando la publicación original sea correctamente citada.