A personagem feminina em Margarida La Rocque: a ilha dos demônios, de Dinah Silveira de Queiroz

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-4301.2020.1.35107

Palabras clave:

Dinah Silveira de Queiroz. Margarida La Rocque, a ilha dos demônios. Teoria e crítica feminista. Literatura brasileira.

Resumen

Este trabalho tem como objetivo central analisar a protagonista do romance Margarida La Rocque: a ilha dos demônios (1949), de Dinah Silveira de Queiroz. A autora produziu uma vasta e diversificada obra - que transitou do romance histórico à ficção científica. As narrativas da escritora, em geral, são centradas em personagens femininas e, em Margarida, essa personagem mostra- se uma mulher que busca novos caminhos possíveis para si. Dessa forma, o romance coloca-se dentre aqueles pertencentes a uma fase de transição em que começavam a ser postas em discussão as assimetrias das relações de gênero. Sendo assim, a fundamentação teórica desta pesquisa consiste em grande parte na teoria e na crítica feminista; para tal, foram privilegiadas estudiosas brasileiras como Rita Schmidt, Constância Lima Duarte, Ruth Silviano Brandão, dentre outras. Mas foram utilizadas, também, autoras como Simone de Beauvoir, Elaine Showalter, além do estudo de Joanne Frye sobre a narradora-personagem feminina.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Ana Cristina Steffen, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS

Licenciada em Letras - Língua Portuguesa e respectivas Literaturas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS (2017). Mestre em Teoria da Literatura pela mesma universidade, bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Atualmente, doutoranda em Teoria da Literatura também pela PUCRS, bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Citas

BADINTER, Elisabeth. Um amor conquistado: o mito do amor materno. Tradução Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. Tradução Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Hucitec; Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1987.

BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo. Tradução Sérgio Milliet. 3. ed. São Paulo: Nova Fronteira, 2016. 2 v. v.2: A experiência vivida.

BENVENISTE, Émile. Problemas de linguística geral I. Tradução Maria da Gloria Novak e Maria Luiza Neri. 3. ed. Campinas: Pontes Editora da Universidade Estadual de Campinas, 1991. https://doi.org/10.20396/sinteses.v0i7.10244

BOURNNEUF, Roland; OUELLET, Réal. Universo do romance. Tradução José Carlos Seabra Pereira. Coimbra: Livraria Almedina, 1976.

BRANDÃO, Ruth Silviano. Passageiras da voz alheia. In: BRANDÃO, Ruth Silviano; CASTELLO BRANCO, Lucia. A mulher escrita. Rio de Janeiro: Lamparina, 2004. p. 11-14.

CALLADO, Ana Arruda. 450 anos de rivalidade. In: THEVET, André. A cosmografia universal de André Thevet, cosmógrafo do rei. Tradução Raul de Sá Barbosa. Rio de Janeiro: Fundação Darcy Ribeiro, 2009. p. 19-23.

COELHO, Nelly Novaes. A literatura feminina no Brasil contemporâneo. São Paulo: Siciliano, 1993.

COELHO, Nelly Novaes. A literatura feminina no Brasil – das origens medievais ao século XX. In: DUARTE, Constância Lima; DUARTE, Eduardo de Assis; BEZERRA, Kátia da Costa (org.). Gênero e representação: teoria, história e crítica. Belo Horizonte: UFMG, 2002. p. 89-107. https://doi.org/10.1590/1980-436920170000000017

DUARTE, Constância Lima. A literatura de autoria feminina e os anos 30 no Brasil. Araticum, Montes Claros, v. 14, n. 2, p. 9-24, 2016. Disponível em: http://www.revistaaraticum.unimontes.br/index.php/araticum/article/view/253/224. Acesso em: 15 maio 2018.

DUARTE, Constância Lima. Feminismo e literatura no Brasil. Estudos Avançados, São Paulo, v. 17, n. 49, set./dez. 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142003000300010. Acesso em: 23 maio 2018. https://doi.org/10.1590/s0103-40142003000300010

DUARTE, Constância Lima. Literatura feminina e crítica literária. In: Encontro Nacional da ANPOLL, 2., 1987, Rio de Janeiro. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/travessia/article/download/17198/15769. Acesso em: 9 maio 2016. p. 15-23.

FIGUEIREDO, Eurídicie. História literária e crítica feminista: figurações das mulheres. In: SILVA, Antônio de Pádua Dias da (org.). Memórias da Borborema 3: Feminismo, estudos de gênero e homoerotismo. Campina Grande: Abralic, 2014. p. 27-46.

FRYE, Joanne. Living stories, telling lives. Ann Arbor: The University of Michigan Press, 1986.

GÂNDARA, Paula. O sexo do verbo?... In: DUARTE, Constância Lima; DUARTE, Eduardo de Assis; BEZERRA, Kátia da Costa (org.). Gênero e representação na Literatura Brasileira. Belo Horizonte: Pós-graduação em Letras: Estudos Literários, UFMG, 2002. p. 43-57. https://doi.org/10.12957/matraga.2017.30189

GENETTE, Gérard. Discurso da narrativa. Tradução Fernando Cabral Martins. Lisboa: Vega, [1976?].

HANCIAU, Nubia. A feiticeira no imaginário ficcional das Américas. Rio Grande: Editora da Furg, 2004.

MUZART, Zahidé Lupinacci. A ascensão das mulheres no romance. In: ARRUDA, Aline Alves et al. A escritura no feminino: aproximações. Florianópolis: Editora Mulheres, 2011. p. 17-27.

PINTO, Cristina Ferreira. O Bildungsroman feminino: quatro exemplos brasileiros. São Paulo: Perspectiva, 1990.

QUEIROZ, Dinah Silveira de. Margarida La Rocque: a ilha dos demônios. 6. ed. Rio de Janeiro: Record, 1991.

SANTOS, Adriana Correia dos; HUMBELINO, Taynara Morais; SANTOS, Irenilda Angela dos. Nós Sabemos Parir: o direito ao parto humanizado e o protagonismo da mulher. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE POLÍTICA SOCIAL E SERVIÇO SOCIAL: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS, 2.; SEMINÁRIO NACIONAL DE TERRITÓRIO E GESTÃO DE POLITICAS SOCIAIS, 3.; CONGRESSO DE DIREITO À CIDADE E JUSTIÇA AMBIENTAL, 2., 2017, Londrina. Anais eletrônicos [...] Londrina: Universidade Estadual de Londrina, 2017. Disponível em: https://www.congressoservicosocialuel.com.br/anais/2017/assets/134181.pdf. Acesso em: 18 maio 2018. https://doi.org/10.4025/6cih.pphuem.668

SCHMIDT, Rita Terezinha. Da exclusão, da imitação e da transgressão: o caso Celeste, de Maria Benedita Bormann. In: SCHMIDT, Rita Terezinha. Descentramentos/convergências: ensaios de crítica feminista. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2017. p. 319-355.

SCHOLZE, Lia. A mulher na literatura: gênero e representação. In: DUARTE, Constância Lima; DUARTE, Eduardo de Assis; BEZERRA, Kátia da Costa (org.). Gênero e representação na Literatura Brasileira. Belo Horizonte: Pós-graduação em Letras: Estudos Literários, UFMG, 2002. p. 174-182. https://doi.org/10.22409/rg.v3i1.255

SHOWALTER, Elaine. A crítica feminista no território selvagem. Tradução Deise Amaral. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (org.). Tendências e impasses: O feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. p. 23-57.

SHOWALTER, Elaine. Toward a feminist poetics. In: SHOWALTER, Elaine (org.). The new feminist criticism: essays on women, literature, and theory. New York: Pantheon Books, 1985. p. 125-143. https://doi.org/10.1525/ess.1985.5.1.77

SILVA, Jacicarla Souza da. Crítica feminista no Brasil. In: SILVA, Jacicarla Souza da. Vozes femininas da poesia latino-americana: Cecília e as poetisas uruguaias. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura

Acadêmica, 2009. Disponível em: http://books.scielo.org/id/3vj9m/pdf/silva-9788579830327-04.pdf. Acesso em: 15 nov. 2017. p. 41-49. https://doi.org/10.7476/9788579830327

SONNET, Martine. Uma filha para educar. In: DUBY, Georges; PERROT, Michelle (coord.). História das mulheres no Ocidente. Tradução Alda Maria Durães et al. Porto: Edições Afrontamento, 1991. 5 v. v.3, p. 141-179.

STEVENS, Cristina Maria Teixeira. O corpo da mãe na literatura: uma ausência presente. In: STEVENS, Cristina Maria Teixeira; SWAIN, Tania Navarro (org.). A construção dos corpos: perspectivas feministas. Florianópolis: Editora Mulheres, 2007. p. 85-116.

STEVENS, Cristina Maria Teixeira. Ressignificando a maternidade: psicanálise e literatura. Gênero, Niterói, v. 5, n. 2, p. 1-15, 2005. Disponível em: http://www.revistagenero.uff.br/index.php/revistagenero/article/view/385/289. Acesso em: 22 ago. 2018.

TACCA, Oscar. As vozes do romance. Tradução Margarida Coutinho Gouveia. 2. ed. Coimbra: Almedina, 1983.

TIBURI, Marcia. Prefácio. In: SOUZA, Babi. Vamos juntas? O guia da sororidade para todas. Rio de Janeiro: Galera Record, 2016. p. 7-10.

XAVIER, Elódia. A hora e a vez da autoria feminina: de Clarice Lispector a Lya Luft. In: DUARTE, Constância Lima; DUARTE, Eduardo de Assis; BEZERRA, Kátia da Costa (org.). Gênero e representação na Literatura Brasileira. Belo Horizonte: Pós-graduação em Letras: Estudos Literários, UFMG, 2002. p. 157-166. https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i25p38-52

ZINANI, Cecil Jeanine Albert. Literatura e gênero: a construção da identidade feminina. Caxias do Sul: Educs, 2006. https://doi.org/10.17851/2358-9787.27.2.317-324

ZOLIN, Lúcia Osana. A construção da personagem feminina na literatura brasileira contemporânea (re) escrita por mulheres. Revista Diadorim, Rio de Janeiro, v. 9, p. 95-105, jul. 2011. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/diadorim/article/view/3923. Acesso em: 15 nov. 2017. https://doi.org/10.35520/diadorim.2011.v9n0a3923

Publicado

2020-04-08

Cómo citar

Steffen, A. C. (2020). A personagem feminina em Margarida La Rocque: a ilha dos demônios, de Dinah Silveira de Queiroz. Letrônica, 13(1), e35107. https://doi.org/10.15448/1984-4301.2020.1.35107

Artículos más leídos del mismo autor/a