A aparência linear do discurso e suas armadilhas semânticoargumentativas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-4301.2021.4.39741

Palavras-chave:

Discurso, Argumentação linguística, Constituição do sentido, Argumentação interna e externa

Resumo

A pandemia de Covid-19, no Brasil, revelou a polarização de pontos de vista políticos, econômicos e culturais. Expressões como: “Fique em casa”; “Use máscara”; “Só uma gripezinha” mostraram-se multifacetados e despertaram diferentes sentidos. Nesse contexto, este artigo tem como objetivo descrever a argumentação interna e a argumentação externa de palavras plenas e explicar como a atualização de determinado encadeamento argumentativo orienta a constituição do sentido do discurso. A fundamentação teórica que norteia as análises é alicerçada no princípio de que “A argumentação está na língua” proposta e desenvolvida desde os anos 60 por Oswald Ducrot e colaboradores sob a denominação de Semântica Argumentativa (SA), Semântica Linguística ou Teoria da Argumentação na Língua (TAL). A aplicação do método da simulação permite observar, descrever e explicar a constituição do sentido do discurso selecionado. Os resultados obtidos explicitam que há movimentos argumentativos que determinam, por exemplo, a condenação à pena de morte.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Andréia Inês Hanel Cerezoli, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Erechim, RS, Brasil.

Doutora em Letras pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), em Caxias do Sul, RS, Brasil; professora da Universidade Federal da Fronteira Sul – campus Erechim (UFFS), em Erechim, RS, Brasil.

Tânia Maris de Azevedo, Universidade de Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul, RS, Brasil.

Doutora em Letras - Linguística Aplicada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), em Porto Alegre, RS, Brasil; professora da Universidade de Caxias do Sul (UCS), em Caxias do Sul, RS, Brasil.

Referências

AUGUSTO, Ronald. Nem raro nem claro. Porto Alegre: Butecanis Editora Cabocla, 2015.

CALVINO, I. Por que ler os clássicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

CAREL, M.; DUCROT, O. La Semántica argumentativa: una introducción a la teoría de los bloques semánticos. Buenos Aires: Colihue, 2005.

DUCROT, O. Estruturalismo e Linguística. São Paulo: Cultrix, 1970.

DUCROT, O. Provar e dizer: linguagem e lógica. São Paulo: Global, 1981.

DUCROT, O. O dizer e o dito. Campinas: Pontes, 1987.

DUCROT, O. Enciclopédia EINAUDI. Lisboa: Imprensa Nacional; Casa da Moeda, 1984.

DUCROT, O. Polifonía y argumentación: conferencias del seminario Teoría de la Argumentación y Análisis del Discurso. Cali: Universidad del Valle, 1990.

FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 16. ed. São Paulo: Autores Associados; Cortez, 1986.

MORIN, E. Ciência com consciência. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996.

SAMPAIO, Jana; CERQUEIRA, Sofia. Entre o vírus e a bala: nas favelas, insegurança dentro e fora de casa. Veja, jun. 2020. Disponível em: https://veja.abril.com.br/brasil/entre-o-virus-e-a-bala-nas-favelas-inseguranca-dentro-e-fora-de-casa/. Acesso em: 5 jul. 2021.

SAUSSURE, F. Escritos de Linguística Geral. São Paulo: Cultrix, 2004.

Downloads

Publicado

2021-12-31

Como Citar

Cerezoli, A. I. H. ., & Azevedo, T. M. de. (2021). A aparência linear do discurso e suas armadilhas semânticoargumentativas. Letrônica, 14(4), e39741. https://doi.org/10.15448/1984-4301.2021.4.39741

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)