A influência da reflexividade verbal no processamento anáfora se

Autores

  • Judithe Genuíno Henrique Universidade Federal da Paraíba
  • Rosana Costa de Oliveira Universidade Federal da Paraíba
  • Flávia Gonçalves Calaça de Souza Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-4301.2017.2.26425

Palavras-chave:

Reflexividade, Anáfora, Aceitabilidade.

Resumo

A pesquisa elaborada neste estudo investiga a reflexividade verbal e seu papel no processamento da anáfora se. No intuito de verificar quais verbos são considerados mais aceitáveis na leitura de sentenças contendo a anáfora se, realizamos um teste offline de julgamento de aceitabilidade com falantes nativos do português brasileiro. Utilizamo-nos da noção de reflexividade proposta por Reinhart e Reuland (1993), os quais predizem que a reflexividade é uma propriedade dos predicados, bem como dos trabalhos de Christiano (1991) e Mello (2008), pois estes estabeleceram uma classificação mais categórica para os verbos com características mais reflexivas, dividindo-os em três níveis: primário – penteou, secundário – sentou, e terciário – acusou, de acordo com o grau de reflexividade. De modo geral, os resultados encontrados evidenciaram que a propriedade da reflexividade pode estar presente tanto na anáfora como no predicado, assim como afirmam Reinhart e Reuland (1993).

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Publicado

2018-03-23

Como Citar

Henrique, J. G., Oliveira, R. C. de, & Gonçalves Calaça de Souza, F. (2018). A influência da reflexividade verbal no processamento anáfora se. Letrônica, 10(2), 595–609. https://doi.org/10.15448/1984-4301.2017.2.26425