Em defesa de um bidimensionalismo semântico

Autores

  • Carolina Muzitano Doutoranda na UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-4012.2015.1.17372

Palavras-chave:

bidimensionalismo, conteúdo amplo, conteúdo estreito,

Resumo

A partir dos trabalhos de Kripke sobre mundos possíveis e designadores rígidos, muitos filósofos passaram a defender que os conteúdos dos nossos estados mentais são amplos, pois a sua individuação dependeria das nossas relações causais com o nosso ambiente físico e/ou social. Contudo, tal conteúdo amplo reabre a questão dos “casos fregeanos”, pois sentenças epistemicamente distintas possuirão o mesmo conteúdo amplo. Uma recente resposta a esta dificuldade é a de afirmar que estados mentais possuem uma dupla dimensão em relação aos seus conteúdos, compatibilizando uma individuação fina dos conteúdos com certas conclusões externalistas. O objetivo deste trabalho é o de apresentar e defender os argumentos de Frank Jackson em defesa de um bidimensionalismo semântico.

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Biografia do Autor

Carolina Muzitano, Doutoranda na UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Mestre em Filosofia pela UERJ. Doutorado em andamento na UERJ.

Áreas de pesquisa: epistemologia, filosofia da linguagem, filosofia da mente. 

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Publicado

2015-07-31

Como Citar

Muzitano, C. (2015). Em defesa de um bidimensionalismo semântico. Intuitio, 8(1), 46–63. https://doi.org/10.15448/1983-4012.2015.1.17372

Edição

Seção

Artigos