Locura, degradación intelectual de la mujer y protagonismo

Histórico a partir de un estudio de caso

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980864x.2021.3.40371

Palabras clave:

Historia de las mujeres, Historia de la psiquiatría, Experiencia, Psicocirugía, Género

Resumen

Este artículo busca dar visibilidad e inteligibilidad histórica a las formas de degradación intelectual y formas de vida vividas por una paciente psiquiátrica ingresada en el Hospital Psiquiátrico de Juquery entre las décadas de 1940 y 1950. A partir de su historia clínica, podemos acceder a parte de sus vivencias en el interior. y fuera del hospital. La paciente en cuestión tiene en común con otras allí hospitalizados el hecho de haber elaborado obras de arte en la Sección de Pintura de ese Hospital, además de tener su internación marcada por la indicación de psicocirugía por su comportamiento “rebelde”. En este sentido, su caso es bastante representativo de otros procesos de hospitalización de pacientes mujeres sometidas a psicocirugía, la terapia psiquiátrica más radical de la época. Considerando la producción de obras de arte de esta paciente, que incluso fue reconocida en la Exposición de Arte Psicopatológico de París en 1950, un punto de evidencia del desprecio de su capacidad intelectual descansa en su actividad artística. Esto se debe a que su indicación de psicocirugía demuestra la intencionalidad de su control conductual a través de la terapia en detrimento de su capacidad mental, ya que la terapia involucró riesgos de secuelas psicológicas y motoras, además de la posibilidad de cambio de personalidad. A través de su historia clínica, también recuperamos la búsqueda de la paciente de estrategias para el reconocimiento de la autonomía dentro y fuera del hospital, además de formas de resistencia frente a la degradación intelectual que le atribuía la noción de patología mental.

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Biografía del autor/a

Eliza Teixeira de Toledo, Casa de Oswaldo Cruz (COC-Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Doutora em História das Ciências e da Saúde pela Casa de Oswaldo Cruz (COC-Fiocruz), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil; pós-doutoranda Inova pela Casa de Oswaldo Cruz, (COC-Fiocruz), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

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Publicado

2021-11-04

Cómo citar

Toledo, E. T. de . (2021). Locura, degradación intelectual de la mujer y protagonismo: Histórico a partir de un estudio de caso. Estudos Ibero-Americanos, 47(3), e40371. https://doi.org/10.15448/1980864x.2021.3.40371

Número

Sección

Dosier: Mujeres intelectuales: prácticas de mediación cultural