Svetlana Aleksiévitch, la Gran Utopía y la vida cotidiana: testimonios y recuerdos del Homo Sovieticus

Autores/as

  • Fernando Perlatto Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-864X.2017.2.24721

Palabras clave:

Svetlana Aleksiévitch, Gran Utopía, vida cotidiana, Homo Sovieticus

Resumen

Durante las últimas décadas, la historiografía brasileña ha dedicado cada vez más atención al estudio de la vida cotidiana, valorizando dimensiones y aspectos que han sido ignorados por investigaciones influenciadas por enfoques estructuralistas. Las investigaciones sobre los regímenes autoritarios en Brasil, en particular, se han beneficiado directamente de este proceso de renovación historiográfica, tratando de analizar de manera más compleja las relaciones entre el Estado y la sociedad civil, con especial atención a los hombres y las mujeres “comunes” y aquellos grupos sociales que no participaron directamente de los enfrentamientos políticos. En diálogo con la historiografía brasileña dedicada a esa agenda investigativa, este artículo tiene como objetivo analizar la obra de la escritora bielorrusa Svetlana Aleksiévitch con el fin de reflexionar sobre la vida cotidiana de hombres y mujeres “comunes” durante los años de la experiencia autoritaria de la Unión Soviética. A partir de la movilización de miles de testimonios, los libros de Aleksiévitch, que forman lo que ella llamó de la “Enciclopedia Roja”, contribuyen a una mejor comprensión de la relación entre los “grandes” eventos que tuvieron lugar en la URSS impulsados por la “Gran Utopía” socialista en el siglo XX y la vida cotidiana del Homo Sovieticus.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Fernando Perlatto, Universidade Federal de Juiz de Fora

Graduado em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Mestre em Sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e Doutor em Sociologia pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Foi Pesquisador Visitante do Institute for Public Knowledge, vinculado à New York University (IPK-NYU). Atualmente, é Professor do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Citas

AARÃO REIS, Daniel. De Volta à Estação Finlândia. Crônica de uma Viagem ao Socialismo Perdido. Rio de Janeiro: Relume & Dumará, 1993.

______. As Revoluções Russas e o Socialismo Soviético. São Paulo: Editora da UNESP, 2004.

______. Glória, conciliação e dissidência: imagens de um socialismo que realmente existiu. In: AARÃO REIS, Daniel et al. (Orgs.). Tradições e Modernidades. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010a. p. 283-307.

______. Stalin, stalinismo e sociedade soviética. Literatura & História. In: ROLLEMBERG, Denise; QUADRAT, Samantha. A Construção Social dos Regimes Autoritários. Legitimidade, Consenso e Consentimento no Século XX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010b. Vol. 2. p. 93-

ALEKSIÉVITCH, Svetlana. Seht mal, wie ihr lebt. Russische Schicksalenach dem Umbruch. Berlin: Aufbau, 1999.

______. Die letzten Zeugen. Kinder im Zweiten Weltkrieg. Berlin: Aufbau, 2005.

______. O Fim do Homem Soviético. Um Tempo de Desencanto. Porto: Porto Editora, 2015.

______. A Guerra Não Tem Rosto de Mulher. São Paulo: Companhia das Letras, 2016a.

______. Vozes de Tchernóbil. A História Oral do Desastre Nuclear. São Paulo: Companhia das Letras, 2016b.

______. Los Muchachos de Zinc. Voces Soviéticas de la Guerra de Afganistán. Editora Debate, 2016c.

ARENDT, Hannah. As Origens do Totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

BAHRO, Rudolf. A Alternativa. Para uma Crítica do Socialismo Real. São Paulo: Paz e Terra, 1980.

CHALÁMOV, Varlan. Contos de Kolimá. São Paulo: Editora 34, 2015.

CHALHOUB, Sidney. Machado de Assis: historiador. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

CHARTIER, Roger. À Beira da Falésia: a História entre certezas e inquietudes. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2002.

DOSSE, François. O Império do Sentido – A Humanização das Ciências Humanas. Florianópolis: EDUSC, 2003.

FERREIRA, Jorge. URSS: Mito, utopia e história. Tempo, Rio de Janeiro, v. 3, n. 5, p. 75-103, 1998.

FERRO, Marc. Há “democracia demais” na URSS? In: ROLLEMBERG, Denise; QUADRAT, Samantha. A Construção Social dos Regimes Autoritários. Legitimidade, Consenso e Consentimento no Século XX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010. Vol. 2. p. 65-91.

FICO, Carlos. História do Tempo Presente, eventos traumáticos e documentos sensíveis o caso brasileiro. Varia Historia, Belo Horizonte, v. 28, n. 47, p. 43-59, jan./jun. 2012. https://doi.org/10.1590/S0104-87752012000100003

FITZPATRICK, Sheila. Everyday Stalinism. Ordinary Life in Extraordinary Times: Soviet Russia in the 1930. New York: Oxford University Press, 2000.

GOMES, Angela de Castro. Política: história, ciência, cultura etc. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 9, n. 17, p. 59-84, 1996.

HELLER, Agnes. O Cotidiano e a História. São Paulo: Paz e Terra, 2008.

HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos. O Breve Século XX. 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

LABOURIE, Pierre. 1940-1944. Os franceses do pensar-duplo. In: ROLLEMBERG, Denise; QUADRAT, Samantha. A Construção Social dos Regimes Autoritários. Legitimidade, Consenso e Consentimento no Século XX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010. Vol. 2. p. 31-44.

LEVI, Primo. Os Afogados e os Sobreviventes. São Paulo, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2016.

LIMA, Luiz Costa. História, Ficção, Literatura. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

LOSURDO, Domenico. Para uma crítica da categoria de totalitarismo. Crítica Marxista, São Paulo, n. 17, p. 51-79, 2003.

MARTINS, José de Souza. Uma Sociologia da Vida Cotidiana. São Paulo: Contexto, 2014.

MUSIEDLAK, Didier. O fascismo italiano. Entre o consentimento e o consenso. In: ROLLEMBERG, Denise; QUADRAT, Samantha. A Construção Social dos Regimes Autoritários. Legitimidade, Consenso e Consentimento no Século XX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010. Vol. 2. p. 149-175.

RÉMOND, René. Por uma História Política. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003.

ROLLEMBERG, Denise. Definir o conceito de Resistência: dilemas, reflexões, possibilidades. In: ROLLEMBERG, Denise; QUADRAT, Samantha (Orgs.). História e Memória das Ditaduras do Século XX. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2015. p. 77-95.

ROLLEMBERG, Denise; QUADRAT, Samantha. A Construção Social dos Regimes Autoritários. Legitimidade, Consenso e Consentimento no Século XX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.

SARLO, Beatriz. Tempo Passado. Cultura da Memória e Guinada Subjetiva. São Paulo: Companhia das Letras; Minas Gerais: UFMG, 2007.

SEGRILLO, Angelo. O Declínio da URSS: Um Estudo das Causas. Rio de Janeiro: Record, 2000.

______. URSS: coerção e consenso no estilo soviético. In: ROLLEMBERG, Denise; QUADRAT, Samantha. A Construção Social dos Regimes Autoritários. Legitimidade, Consenso e Consentimento no Século XX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010. Vol. 2. p. 121-147.

SELIGMANN-SILVA, Márcio (Org.). História, Memória, Literatura. O Testemunho na Era das Catástrofes. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2003a.

SELIGMANN-SILVA, Márcio. O testemunho: entre a ficção e o “real”. In: SELIGMANN-SILVA, Márcio (Org.). História, Memória, Literatura. O Testemunho na Era das Catástrofes. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2003b. p. 375-90.

______. Narrar o trauma. A questão dos testemunhos de catástrofes históricas. Psicologia Clínica, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1, p. 65-82, 2008.

SOLJENÍTSIN, Alexander. Arquipélago Gulag. São Paulo: Círculo do Livro, 1973.

Publicado

2017-06-05

Cómo citar

Perlatto, F. (2017). Svetlana Aleksiévitch, la Gran Utopía y la vida cotidiana: testimonios y recuerdos del Homo Sovieticus. Estudos Ibero-Americanos, 43(2), 250–263. https://doi.org/10.15448/1980-864X.2017.2.24721

Número

Sección

Dossier: Historia, vida cotidiana y memoria social: la vida en común bajo dictaduras en el siglo XX