Teuto-argentino, teuto-brasileiro, teuto-chileno: identidades em debate
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-864X.2005.1.1333Palavras-chave:
Identidade étnica e imigração, Identidades em transição, Alemães na Argentina, no Brasil e no ChileResumo
Durante o século dezenove e no decorrer das primeiras décadas do século vinte, foram implantados projetos de colonização alemã no Brasil, na Argentina e no Chile. Apresentavam- se com semelhanças muito grandes nos três países, tanto nos objetivos, como no modelo de estrutura agrária, como na organização das comunidades rurais. Merece ser destacado neste processo a ocupação de grandes regiões mediante um povoamento maciço de exclusiva etnia alemã. Os imigrantes e seus descendentes das primeiras gerações permaneceram fiéis à língua e à tradição alemã. Na condição, porém, de cidadãos dos respectivos países foram sendo assimilados lentamente na sociedade maior que compunham a nação argentina, brasileira ou chilena. Desta situação ambígua, originou-se, a partir da década de 1930, uma discussão em todos os níveis, em torno da interrogação: Depois de duas, três ou até quatro gerações, o que somos, qual a nossa identidade, ainda somos alemães e em que sentido, até que ponto já somos chilenos, argentinos ou brasileiros? Ou, quem sabe nos resumimos a não sermos mais o que fomos e ainda não sermos aquilo que deveremos ser no futuro? Em outras palavras: o que entende o imigrante alemão no Chile quando se autodenomina de teuto-chileno, o imigrante alemão na Argentina, quando se denomina de teuto-argentino, ou o imigrante alemão no Brasil, quando se denomina teutobrasileiro?
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