Is it possible to be a witness?

Reflections from Jacques Derrida and Giorgio Agamben

Authors

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.2023.1.44771

Keywords:

Testimony, Truth, Jacques Derrida, Giorgio Agamben

Abstract

This article investigates the possibility of witnessing and claiming a testimony “in truth, of truth, for truth”. It questions the relationship between testimony and evidence, taking into account a radical critique of the conception of truth as presence, as presented by Jacques Derrida. Furthermore, it discusses the impossibility of witnessing radical events, as argued by Giorgio Agamben. The objective is to reconsider testimony as something that cannot fulfill its promise, that is, to tell the truth. Despite this impossibility, testimony occurs in the trace of writing between signifiers and, following Agamben’s reflections, it also relates to something beyond this signification. In this sense, the importance of questioning what is no longer present, but gives voice to the unnamable and cannot be expressed by language is explored, as exemplified by Agamben in the analysis of the figure of the “muslim” in Auschwitz. The article seeks to contribute to a better understanding of the reasons why testimony should not be considered merely as a means of proof, but rather as something that leads us to experience the impossibility of witnessing.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Andityas S. de Moura Costa Matos, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.

PhD in Law from UFMG and in Philosophy from the University of Coimbra. Associate Professor of Philosophy at UFMG. CNPq productivity fellow, to whom the author thanks for granting the productivity grant that allowed the research necessary for this article.

Fransuelen Geremias Silva, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.

PhD student in Law at the Federal University of Minas Gerais (UFMG). Master in Law from the Pontificia Catholic University of Minas Gerais (PUC Minas), with a scholarship from CNPq. Master in Philosophy from UFMG.

References

AGAMBEN, Giorgio. Che cos’è un comando? Milano: Nottempo, 2020.

AGAMBEN, Giorgio. Estâncias: a palavra e o fantasma na cultura ocidental. Tradução: Selvino José Assmann. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2007.

AGAMBEN, Giorgio. L’uso dei corpi. Vicenza: Neri Pozza, 2014.

AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz: o arquivo e a testemunha (Homo sacer III). Tradução: Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo, 2008.

AUSTIN, John Langshaw. Quando dizer é fazer. Tradução: Danilo Marcondes de Souza Filho. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.

BENJAMIN, Walter. Sobre a linguagem em geral e sobre a linguagem do homem. In: BENJAMIN, Walter. Escritos sobre mito e linguagem. Tradução: Susana Kampff Lages; Ernani Chaves. São Paulo: Duas Cidades; Editora 34, 2011. p. 49-73.

BENVENISTE, Émile. O vocabulário das instituições indo-europeias: poder, direito, religião. Tradução: Denise Bottmann. Campinas: Ed. UNICAMP, 1995.

DERRIDA, Jacques. Margens da filosofia. Tradução: Joaquim Torres Costa; António M. Magalhães. Campinas: Papirus, 1991.

DERRIDA, Jacques. Poétique et politique du témoignage. Paris: L’Herne, 2005.

DERRIDA, Jacques. Pensar em não ver. In: DERRIDA, Jacques. Pensar em não ver: escritos sobre as artes do visível (1979-2004). Tradução: Marcelo Jacques Moraes. Florianópolis: Editora da UFSC, 2012a. p. 63-90.

DERRIDA, Jacques. Uma certa possibilidade impossível de dizer o acontecimento. Tradução: Piero Eyben. Cerrados, v. 21, n. 33, p. 230-251, 2012b.

DERRIDA, Jacques. A escritura e a diferença. Tradução: Maria Beatriz Marques Nizza da Silva; Pedro Leite Lopes; Pérola de Carvalho. São Paulo: Perspectiva, 2014.

DERRIDA, Jacques. Demorar: Maurice Blanchot. Tradução: Flávia Trocoli; Carla Rodrigues. Florianópolis: Ed. UFSC, 2015.

DUQUE-ESTRADA, Elizabeth Muylaert. Nas entrelinhas do talvez: Derrida e a literatura. Rio de Janeiro: PUC-Rio; Via Veritas, 2014.

FOUCAULT, Michel. A coragem da verdade. Tradução: Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

GAGNEBIN, Jean Marie. O início da história e as lágrimas de Tucídides. In: GAGNEBIN, Jean Marie. Sete aulas sobre linguagem, memória e história. Rio de Janeiro: Imago, 1997. p. 15-37.

GAGNEBIN, Jean Marie. Lembrar escrever esquecer. São Paulo: Ed. 34, 2009.

GOMES, Ana Suelen Tossige; MATOS, Andityas Soares de Moura Costa. Da unidade/diferença à modalidade: a arqueologia da ontologia no pensamento de Giorgio Agamben. Kriterion, Belo Horizonte, v. 59, n. 141, p. 651-670, 2018.

HADDOCK-LOBO, Rafael. Experiências abissais ou Sobre as condições de impossibilidade do real. Rio de Janeiro: Via Verita, 2019.

LEVI, Primo. A trégua. Tradução: Marco Lucchesi. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

LUMMIS, Charles Douglas. Democracia radical. Tradução: Susana Guardado del Castro. Buenos Aires: Siglo XXI, 2002.

MATTHES, Maíra. O espaçamento do tempo segundo Jacques Derrida. Sapere Aude, Belo Horizonte, v. 4, n. 7, p. 245-259, 2013.

SELIGMANN-SILVA, Márcio. O local do testemunho. Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 2, n. 1, p. 3-20, 2010.

SERRA, Alice Mara. Demorar, de Derrida a Blanchot: literatura e rastreamentos. Trágica: Estudos de Filosofia da Imanência, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 136-146, 2016.

Published

2023-11-13

How to Cite

S. de Moura Costa Matos, A., & Geremias Silva, F. (2023). Is it possible to be a witness? : Reflections from Jacques Derrida and Giorgio Agamben. Veritas (Porto Alegre), 68(1), e44771. https://doi.org/10.15448/1984-6746.2023.1.44771

Issue

Section

Philosophy & Interdisciplinarity