A desmistificação do método global

Autores

  • Leonor Scliar-Cabral Universidade Federal de Santa Catarina

Palavras-chave:

Método global, Refutação, Neurociências, Limites biológicos, Arquitetura cerebral

Resumo

Proponho-me neste artigo, baseada nos recentes achados da neurociência, desmistificar o método global, que ainda goza de muitos adeptos no Brasil, apesar de sua condenação oficial em países como a França. Traçarei um breve histórico de seu surgimento e desdobramentos, exemplificando o uso no Brasil com algumas cartilhas. Apresentarei, a seguir, evidências empíricas das neurociências sobre os limites biológicos à captação pela retina de mais do que doze caracteres a cada fixação sobre a linha impressa e sobre como a região especializada para tal, a região occípito-temporal ventral esquerda, processa a informação escrita, demonstrando que o reconhecimento da palavra não se dá por configuração. Finalizarei asseverando que a opção por métodos fônicos não implica ignorar a existência e necessidade de processamentos top-down e em paralelo, uma vez que a leitura e sua aprendizagem se ancoram em conhecimentos prévios armazenados na memória linguística, acionados para sustentar o reconhecimento da palavra escrita. Ao final, breves considerações sobre os métodos fônicos.

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Biografia do Autor

Leonor Scliar-Cabral, Universidade Federal de Santa Catarina

Departamento de Língua e Literatura Vernáculas (DLLV) CCE UFSC Área: Linguística/Psicolinguística

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Publicado

2013-04-11

Como Citar

Scliar-Cabral, L. (2013). A desmistificação do método global. Letras De Hoje, 48(1), 6–11. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/fale/article/view/12142