Theodor Adorno e as tendências fascistas na democracia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-7289.2022.1.41422

Palavras-chave:

Theodor Adorno, Fascismo, Capitalismo tardio, Democracia de massa, Ressentimento

Resumo

A partir da reconstrução de aspectos da teoria social de Theodor Adorno, o objetivo deste artigo é uma interpretação de sua crítica à mecânica de sedução fascista em democracias. Se elementos de continuidade entre o nazifascismo e o imediato pós-guerra nos países centrais já foram ressaltados em Dialética do esclarecimento, Adorno aprofunda suas reflexões sobre condições objetivas e os pressupostos subjetivos que mantinham o fascismo como uma tendência imanente nas chamadas décadas de ouro do capitalismo. Mais do que uma tradicional historiografia das ideias, o propósito deste artigo é também sublinhar contribuições que as interpretações do frankfurtiano podem trazer ao debate sobre a ascensão de líderes e movimentos de direita radical contemporâneos.

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Biografia do Autor

Caio Vasconcellos, Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Uberaba, SP, Brasil.

Doutor e mestre em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), em São Paulo, SP, Brasil. Professor na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), em Uberaba, MG, Brasil.

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Publicado

2022-05-16

Como Citar

Vasconcellos, C. (2022). Theodor Adorno e as tendências fascistas na democracia. Civitas: Revista De Ciências Sociais, 22, e41422. https://doi.org/10.15448/1984-7289.2022.1.41422

Edição

Seção

Dossiê: Teorias críticas sobre o autoritarismo