O Mediterrâneo enquanto metáfora da mestiçagem: Novas leituras sobre o modelo europeu na América Latina dos anos 1920

Autores/as

  • Luís Fernando Beneduzi Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-7289.2015.3.20085

Palabras clave:

Literatura latino-americana. Mestiçagem. Pensamento latino-americano. História e literatura. Identidade.

Resumen

Na década seguinte à Primeira Guerra Mundial, observa-se na realidade latino-americana uma forte transformação na percepção da Europa enquanto odelo de civilização. Novas leituras artísticas e literárias começam a repensar as identidades nacionais na América Latina e, em maneira transversal, nasce uma crítica à importação de conceitos europeus de civilidade. Este processo de mudança pode ser observado em profundidade na obra de Gabriela Mistral que mostra, na sua escritura, essa transformação continental, através da análise do mar Mediterrâneo, que vive uma passagem de um espaço de latinidade a outro, de mestiçagem. Nos textos de Mistral, percebe-se uma duplicidade de cruzamentos analíticos entre as relações Norte e Sul, quando a autora fala dos contrastes europeus, fala, também, daqueles do continente americano. Neste contexto, o velho mundo, ou a parte mais meridional do mesmo, empresta sua experiência histórica para justificar a positividade do novo homem latinoamericano: multiétnico.

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Publicado

2016-01-14

Cómo citar

Beneduzi, L. F. (2016). O Mediterrâneo enquanto metáfora da mestiçagem: Novas leituras sobre o modelo europeu na América Latina dos anos 1920. Civitas: Revista De Ciências Sociais, 15(3), 437–452. https://doi.org/10.15448/1984-7289.2015.3.20085

Número

Sección

América Latina como lugar de enunciação: vozes dissidentes, modernidades dissonantes