Etnografias de práticas econômicas Reflexões sobre fronteiras sociais

Autores

  • Lúcia Helena Alves Müller PUCRS
  • Ariel Wilkis Idaes-Unsam/Conicet/Uba

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-7289.2010.3.8336

Resumo

As pesquisas que se debruçam sobre temas de economia costumam conceber seus objetos e problemáticas tendo como premissa a existência de uma dicotomia entre as práticas econômicas dos agentes “dominantes” (elites, grandes empresas, etc.) e as práticas dos agentes “dominados” (subalternos, populares, etc.). A partir dessa divisão, tem-se organizado diferentes campos de investigação e produzido discursos idiossincráticos implícitos sobre a "especificidade” de grupos ou classes sociais, de suas representações e de suas práticas, o que contribui para construir, validar ou reforçar fronteiras sociais. Dando continuidade ao debate iniciado nas III Jornadas de Estudios Sociales de la Economía (2008) e que teve seguimento na VIII Reunião de Antropologia do Mercosul (2009)1, este número da Civitas reúne artigos que problematizam os recortes temáticos e metodológicos que tradicionalmente formatam as investigações sobre as práticas econômicas no campo das ciências sociais. Os textos aqui apresentados interrogam os efeitos sociais das categorias de entendimento das práticas econômicas, bem como sua pertinência teórica e prática. Eles colocam em questão, desde as representações e práticas econômicas concretas, até as contradições e imbricações que se operam entre os mundos sociais, pondo em tensão as fronteiras existentes no seio dos estudos sociais, e da economia em particular, a partir de trabalhos etnográficos.

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Publicado

2011-02-07

Como Citar

Müller, L. H. A., & Wilkis, A. (2011). Etnografias de práticas econômicas Reflexões sobre fronteiras sociais. Civitas: Revista De Ciências Sociais, 10(3), 373–375. https://doi.org/10.15448/1984-7289.2010.3.8336