Cartas de Norteamerica: Life en Español e a Guerra Fria Cultural (1953-1957)
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-864X.2019.3.33287Palavras-chave:
América Latina. Imprensa. Guerra Fria. Anticomunismo. Life en Español.Resumo
Em 1953, em plena Guerra Fria, a revista norte-americana Life, do grupo Time-Life, lançou uma versão em língua espanhola com os objetivos de aproximar-se mais do público latino-americano, difundir o american way, combater o antiamericanismo e promover o anticomunismo no subcontinente. O período foi marcado por uma série de tratados e de organizações que visavam regular as relações interamericanas, sob a hegemonia dos Estados Unidos. Caracteriza-se também pela implementação de organismos e programas estatais destinados à promoção de uma política cultural voltada para conquista da hegemonia mundial, estratégia denominada de “guerra psicológica”. A revista Life en Español, dirigida por Henry Luce, integrou a ampla rede de colaboradores que ajudaram a efetivar esse projeto político-cultural dos Estados Unidos. Nesse sentido, a partir da perspectiva teórica de Soft Power, de Joseph Nye, o artigo discute a relação da publicação em língua espanhola com os objetivos estratégicos norte-americanos no campo cultural.
Downloads
Referências
ANDERSON, Perry. A política externa norte-americana e seus teóricos. São Paulo: Boitempo Editorial, 2015.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.
BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. 10. ed. Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil, 2007.
BRINKLEY, Alan. The Publisher: Henry Luce and his American Century. New York: Alfred A. Knopf, 2010.
CHAVES, Wanderson. As agendas culturais da Guerra Fria e o Programa Ideológico: a Cia e a Fundação Ford na atração as elites culturais. Revista Angelus Novus, São Paulo, ano VI, n. 9, p. 123-152, 2015.
JOVCHELOVITCH, Sandra. Representações Sociais e Esfera Pública: a construção simbólica dos espaços públicos no Brasil. Petrópolis. Rio de Janeiro: Vozes, 2000.
MORAES, Roque. Análise de Conteúdo. Revista Educação, Porto Alegre, ano XXII, n. 37, p. 7-32, mar. 1999.
NIÑO, Antonio. Uso y abuso de las relaciones culturales en la política internacional. Ayer, Madrid, v. 75, n. 3, p. 25-61, 2009.
NYE Jr., Joseph S. Bound to Lead: The Changing Nature of American Power. New York: Basic Book, 1990.
RAMOS, Leonardo; ZAHRAN, Geraldo. Da Hegemonia ao poder brando: implicações de uma mudança conceitual. Cena Internacional, ano 8, n. 1, p. 134-15, 7 jun. 2006.
RODRÍGUEZ AGUDO, Luis. La Guerra Fría cultural: soft power, propaganda y diplomacia pública en un mundo enfrentado. Repositorio Abierto de La Universidad de Cantabria, Espanha, 2016. Disponível em: https://repositorio.unican.es/xmlui/handle/10902/9292. Acesso em: 01 fev. 2019.
SAUNDERS, Frances Stonor. La Cia e La Guerra Fria Cultural. Madrid: Editorial Debate 2001.
SAUNDERS, Frances Stonor. Quem pagou a conta? A CIA na guerra fria da cultura. Rio de janeiro: Record, 2008.
SILVA, Graciela Fabrício da. O que fazer com castro: Time, Life e a Revolução Cubana (1959 -1962). Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2012.
THOMPSON, John B. A Mídia e a Modernidade: uma teoria social da mídia. Rio de Janeiro: Vozes, 2005.
VALENTE, Leonardo; SANTORO, Maurício. A diplomacia midiática do Governo Hugo Chavez. Revista Espaço Acadêmico, [S. l.], n. 60, maio, 2006.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Marlise Regina Meyrer
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Estudos Ibero-Americanos implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Estudos Ibero-Americanos como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.