A tarefa evangelizadora no Novo Mundo e a gente de cor nas Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-864X.2016.1.21814Palavras-chave:
sociedade colonial, igreja no século XVIII, libertosResumo
Esse artigo tem como objetivo acompanhar o comportamento de negros e mestiços livres, ou mais genericamente, a gente de cor no século XVIII, no sertão das Minas, através da instância religiosa. Para essa finalidade nos servimos das visitações eclesiásticas por meio das quais a Igreja buscava se afirmar e acompanhar de perto a vivência católica nas localidades, reprimindo o que considerava atos ilícitos e zelando pelos bons costumes. A interpretação dos documentos produzidos por essas visitações nos permite a compreensão dos costumes cotidianos da população, o sentido do matrimônio legítimo, a coexistência de práticas de uniões informais e a percepção do lugar ocupado pelas forras e índias nas suas relações com seus senhores. Através da recuperação dessas experiências acessamos as tensões e os conflitos que informavam as inter-relações entre os grupos ali estabelecidos, bem como o exercício de solidariedades horizontais que solidificavam alianças e recriavam identidades.
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