Samba
Um rio filho da dor e pai do prazer
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7726.2020.2.33592Palavras-chave:
Literatura afro-brasileira, música e literatura, literatura e história, história da literatura.Resumo
A música popular brasileira foi moldada durante as primeiras três décadas do século XX e se desenvolveu a partir da confluência do teatro de revista, da indústria do disco, da radiodifusão e do surgimento do samba. Na década de 1930, surgiu uma geração de compositores talentosos os quais contribuíram decisivamente para a aceitação do samba, o que propiciou as vinculações da música com as estratégias para a execução e o fortalecimento do plano de governo de Getúlio Vargas. Ambientado nesta época, o romance Desde que o samba é samba (2011), de Paulo Lins, representa figuras históricas e situações que remetem ao campo da ficção indivíduos e eventos associados ao nascimento e à consolidação do gênero musical que se transformou em uma das, se não a mais, importantes manifestações da cultura brasileira. Tomando como referência os citados fenômenos socioculturais, o presente trabalho examina relações entre os campos da literatura e da música popular, explicando-as a partir de fatos históricos que marcaram o período em questão.
Downloads
Referências
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Cravo Albin da música popular brasileira. [S. l.]: Instituto Cultural Cravo Albin, c2020. Disponível em: http://www.dicionariompb.com.br/tia-ciata/biografia. Acesso em: dez. 2015.
ALBIN, Ricardo Cravo. O livro de ouro da MPB. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
BAHIANO: Isto é bom – lundu de Xisto Bahia [S. l.: s.n.], 2013. 1 vídeo (3min). Publicado pelo canal Luciano Hortêncio. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=jvrQM63d1mw. Acesso em: 07 jan. 2016.
CABRAL, Sérgio. As escolas de Samba do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Companhia Editora Nacional, 2011.
CALDEIRA, Jorge. A construção do samba/Noel Rosa de costas para o mar. São Paulo: Mameluco, 2007.
CARNEIRO, Flávio. No país do presente: ficção brasileira do início do século XXI. Rio de Janeiro: Rocco, 2005.
CARVALHO, Maria Alice Rezende de. O samba, a opinião e outras bossas... na construção republicana do brasil. In: CAVALCANTE, Berenice; STARLING, Heloisa Maria Murgel; EISENBERG, José (org.). Descantando a República, v. 1: inventário histórico e político da canção popular moderna brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004.
DOMINGUES, Petrônio. Uma história não contada: negro, racismo e branqueamento em São Paulo no pós-abolição. São Paulo: Senac, 2004.
GALVÃO, Walnice Nogueira. Ao som do samba: uma leitura do carnaval carioca. São Paulo: Fundação Persamo Abreu, 2009.
GOMES, Tiago de Melo. Para além da casa da tia Ciata: outras experiências no universo cultural carioca, 1830-1930. www.afroasia.ufba.br/pdf/afroasia_n29_30_p175.pdf. Recuperado em 16 de dezembro, 2015.
GONZAGA, Tomás Antônio. Carta 6 – Em que se conta o resto dos festejos. In: GONZAGA, Tomás Antônio. Cartas chilenas. Disponível em: https://www.literaturabrasileira.ufsc.br/documentos/?action=download&id=88292. Acesso em: 26 jun. 2020.
JAUSS, Hans Robert. A história da literatura como provocação. Tradução Sergio Tellaroli. São Paulo: Ática, 1994.
JAMBEIRO, Othon et al. Tempos de Vargas: o rádio e o controle da informação. Salvador: EDUFBA, 2004. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/.../Tempos %20de%20Vargas. pdf. Acesso em: 23 dez. 2015. https://doi.org/10.7476/9788523212414.
KEHL, Maria Rita. Boêmia e malandragem: a preguiça na cadência do samba. In: BOITEMPO EDITORIAL. Blog da Boitempo, São paulo, 24 mar. 2011. Disponível em: blogdaboitempo.com.br/2011/10/24/a-preguica-na-cadencia-do-samba/(2010). Acesso em: 16 out. 2015.
LOPES, Nei. Bantos, malês e identidade negra. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.
LINS, Paulo. Desde que o samba é samba. São Paulo: Planeta, 2012.
LINS, Paulo. Paiol literário. Gazeta do povo, Curitiba. Disponível em: rascunho.gazetadopovo.com.br/paulo-lins/. Acesso em: 17 out. 2015.
PEREIRA, João Batista Borges. Cor, profissão e mobilidade: o negro e o rádio de São Paulo. São Paulo: Edusp, 2001.
NEVES, Eduardo das. Isto é bom. [S. l.: s. n.]. 1 vídeo (3 min). Publicado pelo canal Músicas. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3iU06Z6bToE. Acesso em: fev. 2016
SANDRONI, Carlos. Feitiço decente: transformações do samba no Rio de Janeiro, 1917-1933. 2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar: EdUFRJ, 2008.
SANTIAGO, Silviano. Nas malhas da lei. Rio de Janeiro: Rocco, 2002.
SEVERIANO, Jairo. Uma história da música popular brasileira. São Paulo: 34, 2008.
SHØLHAMMER, Karl Erik. Ficção brasileira contemporânea. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.
SIQUEIRA, Magno Bissoli. Samba e identidade Nacional: das origens à Era Vargas. São Paulo: Unesp, 2012.
SODRÉ, Nelson Werneck. História da literatura brasileira. 8. ed. atualizada. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1988.
TINHORÃO, José Ramos. Música popular: do gramofone, ao rádio e à TV. 2. ed. revista. São Paulo: 34, 2014.
TINHORÃO, José Ramos. História social da música popular. 2. ed. São Paulo: 34, 2013.
TINHORÃO, José Ramos. Os sons dos negros no Brasil. Cantos, danças e folguedos: origens. 3. ed. São Paulo: 34, 2012.
ULHOA, Martha Tupinambá de. Isto é bom! ou Yayá, você quer morrer? – a tradição oral e a tradição escrita no lundu. Rio de Janeiro: Unirio. Disponível em: http://www4.unirio.br/mpb/mulhoa/IstoEBom.PDF. Acesso em: 17 fev. 2016.
VIANNA, Hermano. O mistério do samba. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2012.
VENEZIANO, Neyde. O Teatro de Revista no Brasil: Dramaturgia e Convenções. São Paulo: Sesi, 2013.
VERMES, Mônica. A Cena Musical do Rio de Janeiro, 1890-1920. Disponível em: http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1308164929_ARQUIVO_Monica Vermes-ANPUH2011.pdf. Acesso em: 7 fev. 2016
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Letras de Hoje
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Letras de Hoje implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Letras de Hoje como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.