Sobre a tradição da escrita de memórias no Brasil
Palavras-chave:
Literatura brasileira, Memórias, Historiografia literáriaResumo
Reflexão sobre a escrita de memórias no Brasil para tentar discutir a afirmação de Afrânio Coutinho (1969) sobre a ausência desta tradição no país. Após uma mostra sequencial das obras: Memórias (1948), de Visconde de Taunay; Memórias do cárcere (1953), de Graciliano Ramos; Um homem sem profissão (1954), de Oswald de Andrade; Meus verdes anos (1956), de José Lins do Rego; Solo de Clarineta (1974-1976), de Érico Veríssimo; Navegação de cabotagem (1992), de Jorge Amado e Quase memória: quase-romance (1995), de Carlos Heitor Cony, procura-se rever a afirmação do crítico. Utiliza-se, como apoio teórico, os estudos de Jacques Le Goff (2003), Alba Olmi (2006) e Anna Caballé (1991). Ao apontar a idiossincrasia de cada uma dessas obras em relação à representação do passado, observa-se, como objeto de investigação, a tradição da escrita de memórias na sequência continuada da historiografia literária brasileira.
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