El discurso transfóbico en púlpito legislativo
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7726.2022.1.43528Palabras clave:
análisis dialógico del discurso, discurso político transfóbico, pautas regresivasResumen
En este trabajo, a partir de la perspectiva del Análisis Dialógico del Discurso (ADD), (BAJTÍN, 1998; VOLÓCHINOV, 2018; MEDVIÉDEV, 2019; BRAIT, 2008; ROHLING, 2020; ACOSTA-PEREIRA; RODRIGUES, 2015; ACOSTA PEREIRA; BRAIT, 2020; SANTOS-CLERISI, 2020; HUFF, 2021), analizamos un discurso político transfóbico, proferido en el púlpito de la asamblea legislativa del estado de São Paulo, por el diputado, de este mismo estado, Douglas Garcia (PSL-SP), en la ocasión en que se debatía el proyecto de ley que vetaba la participación de los/de las trans en equipos deportivos. Para tanto, situamos la inserción de la ADD en el campo de la Lingüística Aplicada indisciplinar (MOITA LOPES, 2006) y transgresiva (PENNYCOOK, 2006) y de ese lugar evocamos el apoyo de las voces de expertos que amparan la comprensión del fenómeno de la violencia de género y su manifestación direccionada a los/a las personas trans (BEAUVOIR, 1980; SCOTT, 1995; SAFIOTTI, 1999; BUTLER, 2002; LOURO, 1995; MISKOLCI; PELÚCIO, 2007; JUNQUEIRA, 2014, 2018). Los resultados demuestran que el discurso transfóbico se construye en púlpito de asamblea, de modo tenso, por la movilización de relaciones dialógicas y axiologías agenciadas con base en pautas regresivas, vinculadas a las refracciones peyorativas del signo “ideología de género”, cuyos distintos desdoblamientos resultan en: discursos de negación de derechos, de negación a la ocupación de espacios públicos y de negación de la propia existencia de los/de las trans en la sociedad, discursos biologizantes positivistas de efecto a las identidades disidentes en relación a la cisheteronormatividad, discursos machistas de protección y tutela a la mujer y a la familia, discursos peyorativos y prejuiciosos sobre las inteligibilidades de los cuerpos trans, discursos de odio e incitativos de violencia contra los/las trans, discursos de desacreditamiento y silenciamiento de las personas trans que ocupan puestos públicos. Tales discursos se concretizan bajo entonaciones distintas y elocuentes de certidumbre, desprecio, escarnio, odio, indignación, irritación y otras.
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