A escrita autobiográfica: letra e memória feminina em Florbela Espanca
Palavras-chave:
Escrita autobiográfica, Memória, Representações femininas, Florbela EspancaResumo
Antes de a mulher ter acesso à escrita, e à escrita do "eu", só se conhecia o sujeito feminino pela voz masculina, ou seja, pelo seu imaginário e estereótipos. O rompimento do silêncio das mulheres permitiu que o mundo delas fosse desvelado, que elas buscassem construir a(s) sua(s) identidade(s), antes forjadas por um modelo ocidental patriarcalista e, muitas vezes, misógino. Como os diários e cartas, enquanto escritas íntimas, são peças que remontam ao momento da escritura, contendo não apenas datações e os vestígios do cotidiano do sujeito escritor, mas do contexto em que viveu, o presente texto objetiva analisar de que forma Florbela Espanca (1894-1930), a partir da construção de autorrepresentações e identidades femininas variadas e de questionamentos e reflexões autoanalíticas, evidencia os conflitos do universo íntimo e social feminino da sua época, em seu diário e epistolografia do último ano.
Downloads
Downloads
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Letras de Hoje implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Letras de Hoje como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.