Ditongos crescentes: um conceito fonológico ou fonético?
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7726.2014.1.14646Palavras-chave:
DitongosResumo
Este estudo tem como objetivo verificar a intuição de estudantes do 7º ano de escolaridade de uma escola do Norte de Portugal relativamente ao estatuto da sequência de vogais em posição pré-tónica, tónica e pós-tónica. Os resultados demonstraram que os estudantes tendem a não considerar a sequência de Glide e Vogal como ditongo em nenhuma das situações testadas. Esta tendência parece vir ao encontro de uma grande parte dos estudos, que apontam para a inexistência de glides a nível fonológico, embora possam ocorrer a nível fonético. Mesmo no único caso considerado como possibilidade de ocorrência de glide, os estudantes deste estudo optaram por considerar a existência de uma vogal.
Downloads
Referências
ANDRADE, Ernesto de. The Syllable Structure in European
Portuguese. In: MATEUS, Mª Helena Mira (Org.). A face
exposta da língua portuguesa. Lisboa: Imprensa Nacional –
Casa da Moeda, 2002. p. 281-298.
ANDRADE, Ernesto de. Sobre a alternância vogal/glide
em Português. In: Atas do XIII encontro nacional da Associação
Portuguesa de Linguística. Lisboa: APL, 1998. Vol. I.
p. 91-102.
ANDRADE, Ernesto de; VIANA, Maria do Céu. Sinérese,
diérese e estrutura silábica. In: Atas do IX Encontro Nacional
da APL. Lisboa: APL, 1994. p. 31-42.
BISOL, Leda. O ditongo da perspetiva da fonologia atual. In:
D.E.L.T.A., v. 5, n. 2, p. 185-224, 1989.
BISOL, Leda. A sílaba e os seus constituintes. In: NEVES,
Maria Helena de Moura (Org.). Gramática do português falado.
Campinas: Editora Unicamp, 1999. Vol. IV: Novos estudos.
p. 701-742.
CABELEIRA, Susana; CORREIA, Susana. Ditongos, tritongos
e hiatos – Intuição e propostas de divisão silábica (trabalho com
crianças dos 10 aos 13 anos em PE). In: Atas do XIX Encontro
Nacional da Associação Portuguesa de Linguística. Lisboa:
APL, 2003. p. 351-362.
CARVALHO, Joana. Sobre os ditongos do português europeu.
In: eLingUp, v. 4, n. 1, p. 11-30, 2012.
CUNHA, Celso; CINTRA, Luís F. Lindley. Nova gramática do
português contemporâneo. Lisboa: Edições João Sá da Costa,
DRENSKA, Margarida. Existem ditongos crescentes em
posição final de palavra em português?. In: Atas do II Encontro
da Associação Portuguesa de Linguística. Lisboa: APL, 1986.
p. 53-74.
FREITAS, Maria João; SANTOS, Ana Lúcia. Contar (histórias
de) sílabas. Descrição e implicações para o ensino do Português
como Língua Materna. Lisboa: Colibri, 2001.
FREITAS, Maria João. Os ping[w]ins são diferentes dos
c[w]elhos? Questões sobre oclusivas velares, semivogais e
arredondamentos na aquisição do Português Europeu. In:
Atas do XVI Encontro Nacional da Associação Portuguesa de
Linguística. Lisboa: APL, 2001. p. 213-225.
FREITAS, Maria João; RODRIGUES, Celeste; COSTA,
Teresa; CASTELO, Adelina. Os sons que estão dentro das
palavras. Descrição e implicações para o ensino do Português
como Língua Materna. Lisboa: Colibri, 2012.
MATA DA SILVA, Ana Isabel, Ditongos crescentes do
português: análise acústica. In: Atas do 3 encontro nacional
da Associação Portuguesa de Linguística. Lisboa: APL, 1987.
p. 379-400.
MATEUS, Maria Helena Mira. Onset of Portuguese Syllables
and Rising Diphthongs. In: MATEUS, Maria Helena Mira. A
face exposta da língua portuguesa. Lisboa: Imprensa Nacional
– Casa da Moeda, 2002. p. 261-270.
MATEUS, Maria Helena Mira. A silabificação de base em
português. In: MATEUS, Maria Helena Mira. A face exposta
da língua portuguesa. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da
Moeda, 2002. p. 271-279.
MATEUS, Maria Helena Mira. Aspetos fonológicos e
prosódicos da gramática do português. In: MATEUS, Maria
Helena Mira et al. Gramática da língua portuguesa. 5. ed. rev.
e aum. Lisboa: Caminho, 2003. p. 987-1076.
MATEUS, Maria Helena Mira. Fonologia. In: FARIA, Inês
Hub et al. Introdução à linguística geral e portuguesa. Lisboa:
Caminho, 1996. p. 171-199.
MATEUS, Maria Helena Mira; D’ANDRADE, Ernesto. The
Phonology of Portuguese. Oxford: Oxford University Press,
MATEUS, Maria Helena Mira; D’ANDRADE, Ernesto. The
syllable structure in European Portuguese. In: MATEUS, Maria
Helena Mira. A face exposta da língua portuguesa. Lisboa:
Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 2002. p. 281-297.
MATTOSO CAMARA JR, Joaquim. Dicionário de linguística
e gramática referente à língua portuguesa. Petrópolis: Vozes,
MATTOSO CAMARA JR., Joaquim. Para o estudo da fonêmica
portuguesa. Petrópolis: Vozes, 2008.
MOUTINHO, Lurdes de Castro. Uma introdução ao estudo
da fonética e fonologia do português. Lisboa: Plátano Edições
Técnicas, 2000.
OLIVEIRA, Catarina Alexandra Monteiro de. Do grafema ao
gesto – contributos linguísticos para um sistema de síntese de
base articulatória. Tese (Doutor em Linguística) – Universidade
de Aveiro, Aveiro, 2009.
OLIVEIRA, Catarina Alexandra Monteiro de; MOUTINHO,
Lurdes de Castro; TEIXEIRA, António. On European
Portuguese Automatic Syllabification. In: Interspeech,
th European Conference on Speech Communication and
Technology. Lisboa, 2005. p. 2933-2936.
PINTO, João Manuel de Castro; LOPES, Maria do Céu Vieira;
NASCIMENTO, Zacarias. Gramática do português moderno.
Lisboa: Plátano Editora, 2006.
RUA, Carla. Ditongos orais no português europeu. Dissertação
(Mestre em Estudos Portugueses) – Universidade de Aveiro,
Aveiro, 2009.
VIGÁRIO, Marina; FALÉ, Isabel. A sílaba no Português
Fundamental: uma descrição e algumas considerações de ordem
teórica. In: Atas do IX Encontro Nacional da APL. Lisboa:
APL, 1994. p. 465-477.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Letras de Hoje implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Letras de Hoje como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.