Doenças crônicas não transmissíveis e os fatores de risco em mulheres de Guaporé (RS)
DOI:
https://doi.org/10.15448/1983-652X.2018.1.25909Palabras clave:
doenças crônicas, prevalência, consumo alimentar, fatores de risco.Resumen
Objetivo: Avaliar a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis e sua associação com fatores de risco em mulheres de Guaporé (RS). Materiais e
Métodos: Estudo transversal, realizado na microárea 23, durante os meses de maio e junho de 2016, com 165 mulheres. Dados coletados referentes à prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial e Dislipidemias) e medicamentação autorreferida, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, atividade física, índice de massa corporal, circunferência da cintura e consumo alimentar. A análise estatística foi realizada através do programa Statistical Package for the Social Sciences. Os testes foram t-student para as médias, teste qui-quadrado de Pearson para associações e teste qui-quadrado para variáveis ordinais, sendo o nível de significância de 5%.
Resultados: Avaliaram-se 165 mulheres, das quais 29,1% possuíam ≥60 anos, 69,7% eram casadas ou moravam com companheiro, 44,8% possuíam ≥13 anos de escolaridade, 83,6% possuíam renda de 1-2 salários mínimos. Verificou-se que o índice de massa corporal foi 27,8±5,6 kg/m², encontrando-se em sobrepeso. A circunferência da cintura foi 98,9±13,9 cm, classificando-se em risco. Ao associar os fatores de risco consumo alimentar, atividade física, tabagismo, bebidas alcóolicas, não se encontrou associação significativa. No entanto encontrou-se maior prevalência de doenças crônicas não transmissíveis em mulheres com maior faixa etária, de menor escolaridade e renda, viúvas, com circunferência da cintura elevada e índice de massa corporal de sobrepeso. Constatou-se a presença de doenças crônicas não transmissíveis em 38,2% das mulheres.
Conclusão: A prevalência de doenças crônicas não transmissíveis associou-se com alguns dos fatores de risco estudados, desses o estado civil entre as viúvas, menor escolaridade, menor renda, com baixa ingestão de álcool e risco mais elevado para complicações metabólicas, conforme circunferência da cintura.
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