Por um babelismo ético na educação: reflexões acerca das implicações e possibilidades de se proceder à ética coconstitutiva dos modos de se fazer pesquisa
DOI:
https://doi.org/10.15448/1981-2582.2017.2.26550Palavras-chave:
Ética. Pesquisa em educação. Sistema CEP/Conep.Resumo
O texto apresenta alguns dos caminhos que precederam a publicação da Resolução 510/16 do Conselho Nacional de Saúde, situa a recorrente cisão entre as matrizes de conhecimento das Ciências Humanas e Sociais (CHS) e das Ciências de origem “Bio”, especialmente no que tange à centralidade da bioética como “modelo” de ética para as CHS, bem como problematiza a ética regulamentadora (baseada nas Resoluções 466/12 e 510/16) em relação às éticas “intrínsecas” de cada campo de pesquisa. A partir disso, lança algumas perguntas que visam a constituir um caminho ético-metodológico e político em direção a uma ética coconstitutiva dos modos de se fazer pesquisa. Tece também algumas críticas ao modelo ético universalizante, no qual a ética passa também a ser uma commodity, ou mais um produto a ser consumido no atual mercado da ciência e da produção de biovalor.
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