Por um babelismo ético na educação: reflexões acerca das implicações e possibilidades de se proceder à ética coconstitutiva dos modos de se fazer pesquisa
DOI:
https://doi.org/10.15448/1981-2582.2017.2.26550Palavras-chave:
Ética. Pesquisa em educação. Sistema CEP/Conep.Resumo
O texto apresenta alguns dos caminhos que precederam a publicação da Resolução 510/16 do Conselho Nacional de Saúde, situa a recorrente cisão entre as matrizes de conhecimento das Ciências Humanas e Sociais (CHS) e das Ciências de origem “Bio”, especialmente no que tange à centralidade da bioética como “modelo” de ética para as CHS, bem como problematiza a ética regulamentadora (baseada nas Resoluções 466/12 e 510/16) em relação às éticas “intrínsecas” de cada campo de pesquisa. A partir disso, lança algumas perguntas que visam a constituir um caminho ético-metodológico e político em direção a uma ética coconstitutiva dos modos de se fazer pesquisa. Tece também algumas críticas ao modelo ético universalizante, no qual a ética passa também a ser uma commodity, ou mais um produto a ser consumido no atual mercado da ciência e da produção de biovalor.
Downloads
Referências
APPADURAI, Arjun. O medo ao pequeno número – ensaio sobre a geografia da raiva. São Paulo: Iluminuras/Itaú Cultural, 2009.
BONIN, Iara T., RIPOLL, Daniela; SANTOS, Luís Henrique Sacchi. Ética, pesquisa e imagens de povos indígenas. Teias, v. 16, n. 42, p. 106-125, jul./set. 2015.
DINIZ, Debora. Ela, Zefinha – o nome do abandono. Ciência e Saúde Coletiva, v. 20, n. 9. p. 2667-2674, 2015.
FALUDI, Susan. Backlash: o contra-ataque na guerra não declarada contra as mulheres. Rio de Janeiro: Rocco, 2001.
FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas – uma arqueologia das ciências humanas. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
GASTALDO, Denise; McKEEVER, Patricia. Investigación cualitativa. Intrínsecamente ética? In: MERCADO, J. et al. (Org.). Investigación cualitativa en salud en Iberoamérica: métodos, análisis y ética. Guadalajara: Universidad de Guadalajara/Universidad Autónoma de Nuevo León, 2002.
KRAMER, Sônia. Autoria e autorização: questões éticas na pesquisa com crianças. Cadernos de Pesquisa, n. 116, p. 41-59, jul. 2002.
LARROSA, Jorge; SKLIAR, Carlos. Habitantes de Babel – políticas e poéticas da diferença. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos. Rio de Janeiro: Editora 34, 1994.
MATO, Daniel. Esboço para uma linha de investigação em cultura e transformações sociais em tempos de globalização. In: COSTA, Marisa Vorraber; BUJES, Maria Isabel E. (Org.). Caminhos investigativos III – riscos e possibilidades de pesquisas nas fronteiras. Rio de Janeiro: DP&A, 2005.
PETERSEN, Alan. From bioethics to a sociology of bioknowledge. Social Science & Medicine, p. 1-7, 2013. http:// dx.doi.org/10.1016/j.socscimed.2012.12.030
PETERSEN, Alan. The politics of bioethics. New York; London: Routledge, 2011.
RIBEIRO, Renato Janine. Novas fronteiras entre natureza e cultura. In: NOVAES, A. (Org.). O homem-máquina: a ciência manipula o corpo. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. p. 15-36.
ROSE, Nikolas. The biopolitics of life itself – biomedicine, power, and subjectivity in the Twenty-First Century. Princeton, New Jersey, 2007.
ROSE, Nikolas. The human science in a biological age. Theory, Culture & Society, v. 30, n. 1, p. 3-34, 2013.
SANTOS, Luís Henrique Sacchi dos; KARNOPP, Lodenir Becker (Org.). Ética e pesquisa em educação: questões e proposições às Ciências Humanas e Sociais: Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2017.
STARK, Laura. Behind closed doors – IRBs and the making of ethical research. Chicago: The University of Chicago Press, 2012. p. 155-177.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
DERECHOS DE AUTOR
La sumisión de originales para la Educação implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a
Educação como el medio de la publicación original.
CREATIVE COMMONS LICENSE
Debido a que es una revista de acceso abierto, permite el libre uso de artículos en aplicaciones científicas y educativas, siempre y cuando la fuente. De acuerdo con la Licencia Creative Commons CC-BY 4.0, adoptada por la
Educação el usuario debe respetar los requisitos abajo.
Usted tiene el derecho de:
Compartir - copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato.
Adaptar - remezcla, transformar y crear a partir del material para cualquier propósito, incluso con fines comerciales.
Sin embargo, sólo de acuerdo con los siguientes términos:
Asignación - Usted debe dar el crédito apropiado, proveer un enlace a la licencia e indicar si los cambios se han hecho. Debe hacerlo en condiciones razonables, pero de ninguna manera que sugiera que
Educação usted o su uso es compatible.
No hay restricciones adicionales - No se pueden aplicar términos legales o naturaleza tecnológica de las medidas que restringen legalmente hacer algo distinto de los permisos de licencia.
Avisos:
Usted no tiene que cumplir con los términos de licencia con respecto a los elementos materiales que son de dominio público o cuyo uso está permitido por una excepción o limitación que se aplica.
Garantías no se les da. La licencia no le puede dar todos los permisos necesarios para el uso previsto. Por ejemplo, otros derechos, como derechos de imagen, privacidad o derechos morales, pueden limitar el uso del material.
Para obtener más información acerca de la licencia Creative Commons, siga el enlace en la parte inferior de esta página web.