Educando para viver sem riscos
Palavras-chave:
Risco, Currículo, Biopolítica.Resumo
Desde a Modernidade, o risco vem sendo um componente de crescente importância na organização social. O objetivo deste artigo é mostrar que a Educação Básica no Brasil vem sendo convocada a participar na produção de sujeitos voltados para a gestão individual de riscos, de acordo com a racionalidade atual. Para isso, o artigo mostra que o modo de gerir o risco por meio de mecanismos coletivos, coordenados pelo Estado, que surge no século XIX e avança até finais do século XX, vem sendo gradativamente substituído por um entendimento de que cada um deva tornar-se responsável por lidar com seus riscos de modo individual. A partir dessas teorizações, e tomando como material empírico artigos acadêmicos publicados no Brasil, o artigo mostra que hoje vêm sendo propostas diversas novas temáticas para os currículos que têm em comum o fato de estarem, na maioria das vezes, ligadas de algum modo à noção de risco. As análises desenvolvidas desdobram-se em três eixos – saúde, renda e coletividade – e permitem compreender a existência de uma confluência de fatores para configurar as escolas em produtoras de sujeitos prudentes, conhecedores dos vários riscos a que estão expostos e capazes de agirem para minimizá-los.Downloads
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