A retórica da intransigência brasileira: mídia e política no primeiro governo de Lula
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7289.2008.2.4767Palavras-chave:
Comunicação, Política, Discurso, Partidos, MídiaResumo
Neste artigo procuram-se as três teses propostas por Albert Hirschman – ameaça, perversidade e futilidade –, em “Retórica da intransigência”, no discurso das lideranças da Câmara dos Deputados dos dois principais partidos de oposição (PSDB e PFL) e no discurso da mídia, representada aqui pela revista Veja, durante o primeiro governo Lula. Em relação à tese predominante nos dois tipos de discursos, oposição e mídia utilizam os mesmos argumentos relativos à ameaça que 1) os meios de comunicação estariam sofrendo com o caso da expulsão do correspondente do New York Times, o Conselho Federal de Jornalismo e a Ancinav e 2) a propriedade privada e a democracia estariam sofrendo com o MST, movimento social que receberia financiamento do governo e contaria com sua simpatia. Por vezes, citam o discurso do outro como fonte. Quanto às teses menos significativas, relativas aos programas sociais do governo (Fome Zero, Bolsa Família, política de cotas), no entanto, utilizam argumentos diferentes, já que se a mídia assumisse o discurso da oposição deixaria de simplesmente fazer oposição ao governo Lula para se tornar realmente partidária, e a oposição se assumisse o discurso da mídia deixaria de defender as conquistas anteriores do governo dos seus partidos.Downloads
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Publicado
2009-01-20
Como Citar
Menezes, D. B. (2009). A retórica da intransigência brasileira: mídia e política no primeiro governo de Lula. Civitas: Revista De Ciências Sociais, 8(2), 342–358. https://doi.org/10.15448/1984-7289.2008.2.4767
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