Desrespeito e luta por reconhecimento
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7289.2015.4.23249Palavras-chave:
Mulheres. Sofrimento. Movimentos sociais. Cidadania. Reconhecimento. Desrespeito.Resumo
O texto coloca em discussão a questão se a teoria do reconhecimento, de Axel Honneth, formulada em e com referência unicamente a sociedades economicamente centrais no capitalismo atual, pode servir de referência para pesquisas em contextos distantes e distintos daquela sua origem. A referência empírica é uma pesquisa em contexto de periferia suburbana, feita com mulheres engajadas em uma política pública de segurança e cidadania. Além de observação participante e grupos focais, a metodologia incluiu entrevistas similares às narrativas biográficas. A entrevista iniciava com a solicitação de que a interlocutora contasse livremente “um pouco da história de sua vida”. O foco concreto neste texto diz respeito ao potencial do sofrimento para desencadear – ou não – de lutas por reconhecimento face a situações agudas de desrespeito. Estas situações são retratadas exemplarmente através de um extrato de uma destas narrativas.
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