A função do silogismo matemático na Ciência da Lógica de Hegel

Autores

  • Federico Orsini Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.2017.1.24031

Palavras-chave:

Conceito, Silogismo, Círculo, Matemática, Lógica

Resumo

O objetivo específico do presente artigo é explicar por que a quarta figura do silogismo do ser aí (Schluß des Daseins) na doutrina do conceito da Ciência da Lógica de Hegel é denominada “silogismo matemático”. Para esse fim, pretendo proceder em três passos principais. Em primeiro lugar, elucidarei o conceito de silogismo a partir do qual o alcance e o limite do silogismo matemático devem ser avaliados. Em segundo lugar, apresentarei uma tradução e um comentário analítico do texto hegeliano sobre o silogismo matemático, procurando explicitar em que consiste a necessidade de reduzir o silogismo qualitativo ao silogismo quantitativo. Em terceiro lugar, mostrarei que a matemática, com efeito, constitui um âmbito legítimo dentro do qual o silogismo da quarta figura é capaz de gerar conhecimento, mas justamente a delimitação desse âmbito torna necessária a crítica de qualquer formalização matemático-simbólica da lógica dialética.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BAUM, M. (1983), “Wahrheit bei Kant und Hegel,” Kant oder Hegel? Über Formen der Begründung in der Philosophie, D. Henrich (Org.), Stuttgart, Klett-Cotta, 1983, pp. 230-49.

CHIEREGHIN, F. (1984), Essere e verità. Note a Logik. Die Frage nach der Wahrheit di Martin Heidegger, Trento, Verifiche, 1984.

CHIEREGHIN, F. (2011), Rileggere la “Scienza della logica” di Hegel. Ricorsività, retroazione, ologrammi, Roma, Carocci, 2011.

DÜSING, K. (1984), Das Problem der Subjektivität in Hegels Logik. “Hegel- Studien”, Beiheft 15, Bonn, 2. ed. rev. 1984.

FERRARIN, A. (2001), Hegel and Aristotle, Cambridge, Cambridge University Press, 2001. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511498107

FERRARIN, A. (2016), Il pensare e l’io. Hegel e la critica di Kant, Pisa, ETS (no prelo).

FORSTER, M. (1989), Hegel and Skepticism, Cambridge, Harvard University Press, 1989. DOI: https://doi.org/10.4159/harvard.9780674283855

FUSELLI, S. (2000), Forme del sillogismo e modelli di razionalità in Hegel, Trento, Verifiche, 2000.

HALBIG, C. (2002), Objektives Denken. Erkenntnistheorie und Philosophy of Mind in Hegels System, Stuttgart, Frommann-Holzboog, 2002.

HEGEL, G,W.F. Ciência da Lógica. 1. A Doutrina do Ser. Petrópolis: Vozes: 2016

HEGEL, G.W.F. (1969), Theorie Werk-Ausgabe in zwanzig Bänden (referida por TW, seguida pelo número de volume e de página) .Moldenhauer, K.Michel (Orgs.), vols. 5-6: Die Wissenschaft der Logik, Frankfurt a. Main, Suhrkamp, 1969-1971.

HEIDEMANN, D. (2011), “Hegel on the Nature of Scepticism”, Hegel Bulletin, Cambridge, Cambridge University Press, v. 32, n° 01, 2011, pp. 80-99. DOI: https://doi.org/10.1017/S0263523200000173

HOULGATE, S. (2014), “Hegel on the Category of Quantity”, Hegel Bulletin, Cambridge, Cambridge University Press, v. 35, n° 01, 2014, pp.16-32. DOI: https://doi.org/10.1017/hgl.2014.2

IBER, C. (2012), “Conceito, juízo e silogismo: Introdução à lógica do conceito de Hegel”, Revista Opinião Filosófica, Porto Alegre, v. 03; no. 02, 2012, pp.4-16.

KROHN, W. (1972), Die formale Logik in Hegels “Wissenschaft der Logik”. Untersuchungen zur Schlußlehre, München, Carl Hansen Verlag, 1972.

KÜMMEL, F. (1968), Platon und Hegel. Zur ontologischen Begründung des Zirkels in der Erkenntnis, Tübingen, Niemeyer, 1968.

LACHTERMAN, D. R. (1987), “Hegel and the Formalization of Logic”, Graduate Faculty of Philosophy Journal, New York, New School for Social Research, v. 12, n° 01-02, 1987, pp.153-236. DOI: https://doi.org/10.5840/gfpj1987121/25

MARTIN, L.F. (2007), “A presença do ceticismo na filosofia do jovem Hegel”, Ensaios sobre o ceticismo, Plínio Junqueira Smith, Waldomiro Silva Filho (Orgs.), São Paulo, Alameda, 2007, pp.153-171.

MORETTO, A. (1988), Questioni di filosofia della matemática nella Scienza della logica di Hegel. “Die Lehre vom Sein” del 1831, Trento, Verifiche, 1988.

NUZZO, A. (2009), “’...As if Truth were a Coin!’ Lessing’s and Hegel’s

Developmental Theory of Truth”, Hegel-Studien, Hamburg, Meiner, v. 44, 009, pp.131-155.

ORSINI, F. (2016), A Teoria Hegeliana do Silogismo. Tradução e Comentário. Porto Alegre: Editora Fi, 2016 ORSINI, F. (2015), “On Hegel’s Idea of a Logical Ontology”. Em: Anais do IX Congresso internacional de Filosofia da UNICENTRO, 2015: http://anais.unicentro.br/conifil/pdf/ixv9n1/72.pdf.

ROCKMORE, T. (1986), Hegel’s Circular Epistemology, Bloomington, Indiana University Press, 1986.

SOUCHE-DAGUES, D. (1986), Le circle hégélien, Paris, PUF, 1986.

THEUNISSEN, M. (1975), “Begriff und Realität: Hegels Aufhebung des metaphysischen Wahrheitsbegriffes,” Denken im Schatten des Nihilismus, A. Schwann (Org.), Festschrift für Wilhelm Weischedel, Darmstadt, 1975, pp. 164-95.

TRISOKKAS, I. (2012), Pyrrhonian Skepticism and Hegel’s Theory of Judgment, Leiden, Brill, 2012. DOI: https://doi.org/10.1163/9789004232402

VIEWEG, K. (1999), Philosophie des Remis. Der junge Hegel and das ,Gespenst des Skeptizimus’, München, Fink, 1999.

WINFIELD, R.D. (2012), Hegel’s Science of Logic. A Critical Rethinking in Thirty Lectures, Plymouth, UK, Rowman&Littlefield, 2012.

Downloads

Publicado

2017-05-22

Como Citar

Orsini, F. (2017). A função do silogismo matemático na Ciência da Lógica de Hegel. Veritas (Porto Alegre), 62(1), 203–225. https://doi.org/10.15448/1984-6746.2017.1.24031

Edição

Seção

Teorias da justiça