A função do método de análise na constituição do argumento do <i>cogito</i> nas <i>Meditações</i>: uma leitura do <i>cogito</i> através da <i>reductio ad absurdum</i>
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-6746.2009.2.6825Palavras-chave:
Cogito. Meditações. Demonstração. Reductio ad absurdum. Método analítico.Resumo
Considerando que o cogito possa ser tomado, nas Meditações, como uma conclusão de uma demonstração, pode-se avançar a tese de que essa demonstração está consoante ao método analítico, que Descartes reconhece empreender nesse texto. Esse método teria entre as suas funções nas Meditações aquela de apresentar – sob a forma de uma rede de implicações ontológicas – o raciocínio que conduz à certeza da existência. Como cumpre no referido texto determinar a certeza da existência sem tomar como base nenhuma certeza preestabelecida, o método analítico financiaria, segundo a nossa interpretação, uma reconstrução do argumento do cogito sob uma base indireta, mais precisamente através de uma reductio ad absurdum, cujo objetivo consiste em mostrar a contradição inelutável que surge na tentativa de um indivíduo de provar a sua não existência.Downloads
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