Sobre a genealogia crítica

Bernard E. Harcourt; Augusto Jobim do Amaral; Samuel Medeiros Andreatta

doi:10.15448/1984-6746.2025.1.47435

Autores

Bernard E. Harcourt Universidade de Columbia, Nova York, Estados Unidos da América. https://orcid.org/0000-0003-2211-4159
Augusto Jobim do Amaral Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-0874-0583
Samuel Medeiros Andreatta Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-2862-1776

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.2025.1.47435

Palavras-chave:

genealogia, teoria crítica, Friedrich Nietzsche, Michel Foucault, feminismo abolicionista

Resumo

Hoje, a maioria dos teóricos críticos que empregam a história usa um método genealógico forjado por Nietzsche e Foucault. Essa abordagem genealógica atualmente domina a crítica com inflexão histórica. Mas nem todos os escritos genealógicos atuais, nem todos os debates filosóficos em torno da genealogia promovem os objetivos de uma filosofia crítica. É crucial neste momento que avaliemos o valor das críticas genealógicas. A métrica adequada para esse trabalho é avaliar se ele contribui para a transformação de nós mesmos, dos outros e da sociedade de uma forma valiosa. Neste artigo, proponho que usemos o termo “genealogia crítica” para identificarmos as práticas genealógicas que nutrem positivamente nossa atividade e, com isso, promovem a ambição da filosofia crítica.

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Biografia do Autor

Bernard E. Harcourt, Universidade de Columbia, Nova York, Estados Unidos da América.

Autor de Political, Economics, and Social Theory (Columbia University Press, 2023) e Critique & Praxis: A Critical Philosophy of Illusions, Values, and Action (Columbia University Press, 2020). Responsável pela edição Pléiade Gallimard de Surveiller et punir de Michel Foucault, bem como de vários de seus Cursos, incluindo recentemente Nietzsche. Cours, conférences et travaux (EHESS/Gallimard/Seuil, 2024). Columbia University (NY/USA) e École des hautes études en sciences sociales (Paris/FR). Também é advogado e recebeu o prêmio Norman J. Redlich Capital Defense Distinguished Service Award da New York City Bar Association por sua representação de pessoas submetidas ao corredor da morte. É professor Isidor and Seville Sulzbacher de Direito e de Ciência Política na Columbia University. Diretor de Estudos (directeur d’études) na École des hautes études en sciences sociales (EHESS) de Paris.

Augusto Jobim do Amaral, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais e do Programa de Pós-Graduação em Filosofia, ambos da PUCRS. Doutor em Altos Estudos Contemporâneos (Ciência Política, História das Ideias e Estudos Internacionais Comparativos) pela Universidade de Coimbra (Portugal); Doutor, Mestre e Especialista em Ciências Criminais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Research fellowship (2017-2018) na Universidad de Málaga (UMA/España) na área de Teoría y Filosofía del Derecho, junto à Cátedra Abierta de Derecho y Literatura. Research fellowship (2018-2019) na Università Degli Studi di Padova/ITA em Filosofia Política junto ao Dipartimento di Filosofia, Sociologia, Pedagogia e Psicologia Applicata (FISPPA), financiado pelo "Coimbra Group Scholarship Programme for Young Professors and Researchers from Latin American Universities. Visiting Professor (2022) na Universidad de Sevilla/ESP, financiado pelo Programa de Internacionalização da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES - PUCRS/PrInt). Visiting Professor (2024) na Università degli Studi di Salerno, junto à Cattedra di Filosofia del Diritto, financiado pelo Programa Eramus+ . Lidera o Grupo de Pesquisa cadastrado no CNPq "Criminologia, Cultura Punitiva e Crítica Filosófica", tendo experiência na área de criminologia, direito, filosofia política e história das Ideias, com ênfase em temas como biopolítica, tecnopolíticas, cultura penal, violência punitiva, direitos humanos, controle social e segurança pública; direito penal e processo penal.

Samuel Medeiros Andreatta, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

Graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (FND). Advogado credenciado pela OAB RJ ( n 229526). Foi aluno bolsista CNPQ de extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro do Grupo de Pesquisa de Política de Drogas e Direitos Humanos da FND-UFRJ. Mestre em Ciências Criminais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio grande do Sul (PUCRS). Doutorando em Ciências Criminais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Membro do Grupo de Pesquisa Política da Criminologia coordenado pelo Dr. Augusto Jobim do Amaral.

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