A defesa de John Locke da teoria da substância na primeira ‘carta’ a Edward Stillingfleet

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.2024.1.43963

Palavras-chave:

História da Filosofia, Substância, idéia relativa, conhecimento, ceticismo

Resumo

O artigo discute a primeira ‘Carta’ de John Locke a Edward Stillingfleet e problematiza suas respostas às críticas direcionadas à sua teoria da substância. Apresenta-se (seção 1) o que parece ser, para Locke, o coração do ataque de Stillingfleet à sua doutrina da substância, a acusação de que os princípios do Ensaio ‘quase descartam a substância da parte razoável do mundo’. Problematizam-se ambas as respostas de Locke a essa objeção: (seção 2) sua negação de compromisso com o princípio de que o conhecimento dependeria da aquisição de ideias claras e distintas e (seção 3) sua negação de compromisso com uma forma de ceticismo ou uma forma de dogmatismo negativo em relação à existência das substâncias. Na sequência (seção 4), sublinha-se que Locke mantém, na ‘Carta’, a tensão entre uma explicação empírica e uma explicação racional para a ideia de substância enquanto suporte ou substrato. Por fim, (seção 5) discute-se as dificuldades dos comentários de Locke sobre o caráter relativo da ideia de substrato.

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Biografia do Autor

Vinícius França Freitas, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Graduado em Filosofia (Bacharelado e Licenciatura) pela Universidade Federal de Uberlândia (2010), mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2012) e doutor em Filosofia (em regime de cotutela) pela Universidade Federal de Minas Gerais e pela Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne (2017). Atualmente, atua como residente pós-doutoral (PNPD / CAPES) no Programa de Pós-graduação em Filosofia da UFMG, coordena as reuniões do Grupo Ceticismo Moderno / CPNq no Departamento de Filosofia da mesma instituição e coedita a Revista Estudos Hum(e) anos (ISSN 2177-1006).

Carlota Salgadinho Ferreira, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).

Doutora pelo Programa de Pós-graduação do Departamento de Filosofia da PUC-Rio em 2020, tendo defendido a tese intitulada O quasi-realismo cético de David Hume. Desde então, atua como Professora Agregada no mesmo departamento, lecionando disciplinas de Filosofia na graduação na mesma área e outras. Desenvolve pesquisa na área de Filosofia Moderna, com ênfase na questão da interface entre as teorias da causalidade e da existência do mundo externo com a teoria dos valores (moral e estético) de Hume, mantendo também interesse em Aristóteles, Locke, Malebranche e Kant e suas possíveis conexões com Hume. Pesquisadora associada ao NUPEM-PUC-Rio/ CNPq e ao Grupo Hume UFMG/CNPq.

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Publicado

2024-06-26

Como Citar

França Freitas, V., & Salgadinho Ferreira, C. (2024). A defesa de John Locke da teoria da substância na primeira ‘carta’ a Edward Stillingfleet. Veritas (Porto Alegre), 69(1), e43963. https://doi.org/10.15448/1984-6746.2024.1.43963

Edição

Seção

Epistemologia & Filosofia da Linguagem