O que a epistemologia da história ensina sobre o conhecimento da fé?
Uma análise do “Interlúdio” de Migalhas Filosóficas
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-6746.2023.1.43832Palavras-chave:
Sören Kierkegaard, Migalhas Filosóficas, apreensão da verdade, devir, verdade histórica, féResumo
Pela voz de “João Degrau-a-Degrau”, Sören Kierkegaard, em Migalhas Filosóficas, oferece uma análise notável de como a fé se apresenta como meio para a apreensão do que não pode ser apreendido sem paradoxo – em espe- cífico, a verdade absoluta imersa na história. Mesmo sem chegar a um esboço sistemático, é possível dizer que há uma “epistemologia da fé” em Migalhas Filosóficas, e isso em dois aspectos: i) uma reflexão que explicita a fé como um tipo de poder do espírito que gera crenças e atitudes de vida com respeito a um campo objetivo de estrutura metafísica bem definida; e ii) uma reflexão que explicita os processos que ocorrem com o espírito – com a razão, a vontade e tudo o mais que tange o “órgão” da fé – quando a fé tem lugar. Com i) e ii), a fé é também determinada a negativo com respeito ao conhecimento. Para dar suporte a essa tese, faz-se, no presente estudo, um exercício de leitura e análise do “Interlúdio” de Migalhas Filosóficas. Como resultado, ganha-se um esboço das bases filosóficas da epistemologia da fé cristã como epistemologia da crença em verdades históricas.
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