Arte cristã, paradoxo e Pós-modernidade
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-6746.2021.1.39063Palavras-chave:
Arte, Cristianismo, Feiúra, Pós-modernidadeResumo
A história da arte no Ocidente é a história da arte cristã. Imagens, motivos, símbolos, técnicas, personagens: o Cristianismo deu a marca distintiva da arte europeia e ocidental por dois mil anos; o Cristianismo balizou a arte do Ocidente. As raízes mais profundas da arte cristã, contudo, não estão expostas: sua natureza e suas mais legítimas pulsões são ignoradas, mesmo pelo público confessional. O resultado inevitável é a eclosão periódica de polêmicas e mal-entendidos. O objetivo deste artigo é demostrar que a arte cristã nunca foi avessa a paradoxos estéticos, e que os elementos transculturais da criação pós-moderna foram gestados em um longo processo técnico e estético-filosófico precipuamente cristão.
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