Restrições formais como revolução literária? Uma discussão sobre limites e deslimites das formas em literatura
DOI:
https://doi.org/10.15448/2526-8848.2017.2.30416Palavras-chave:
restrição formal, Oulipo, Georges Perec, Raymon Queneau, totatilidade.Resumo
Este artigo se propõe a debater as implicações das contraintes como projeto literário do grupo Oulipo, surgido nos anos 1960 e ainda em atividade. O objetivo é problematizar o conceito de restrição formal oulipiano e depois disseminar, como provocação, uma leitura que lance a contrainte a horizontes diferentes daqueles previstos originalmente na proposta do grupo. Para tanto, começamos por apresentar a complexidade da restrição formal; em seguida tratamos de algumas questões referentes ao programa estético nela implícito; por fim, falamos de uma leitura alternativa para alguns textos oulipianos.
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