O prontuário eletrônico do paciente no sistema de saúde brasileiro: uma realidade para os médicos?

Autores

  • Camila Mendes Patrício Curso de Medicina, Universidade Federal de Pernambuco
  • Marianna Menezes Maia Curso de Medicina, Universidade Federal de Pernambuco
  • Josiane Lemos Machiavelli Núcleo de Telessaúde, Universidade Federal de Pernambuco
  • Magdala de Araújo Novaes Núcleo de Telessaúde, Universidade Federal de Pernambuco

Palavras-chave:

REGISTROS MÉDICOS, SISTEMAS COMPUTADORIZADOS DE REGISTROS MÉDICOS, SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE.

Resumo

Objetivos: conceituar Prontuário Eletrônico do Paciente, discutir suas vantagens e desvantagens, a importância da sua implementação nos serviços médico-hospitalares, os aspectos éticos envolvidos e os desafios para uso desse recurso pelos médicos, de modo a subsidiar a tomada de decisão sobre o uso ou não dos prontuários eletrônicos na prática médica. Fonte de dados: artigos científicos, teses de doutorado, dissertações de mestrado e páginas da Internet. Bases de dados consultadas: MEDLINE, LiLACS e Google Scholar. Descritores pesquisados: prontuário; prontuário eletrônico; sistemas de informação. A pesquisa realizada entre dezembro de 2009 e agosto de 2010 identificou 300 trabalhos. Foram selecionados 46 para serem lidos na íntegra, pois estavam intrinsecamente relacionados aos propósitos deste artigo. Síntese dos dados: o prontuário eletrônico pode otimizar o trabalho médico, pois permite o acesso mais veloz às informações do paciente e a documentação dos atendimentos prestados ao longo da vida; também proporciona legibilidade dos dados e integração com outros sistemas de informação. No entanto, também são relatadas dificuldades para sua implementação, principalmente no que se refere aos aspectos éticos, à falta de padronização entre os sistemas e ao manuseio dos softwares. Conclusões: apesar das dificuldades relatadas, acredita-se que é de suma importância a criação de sistemas de informação que incluam o Prontuário Eletrônico do Paciente no âmbito do sistema de saúde brasileiro, a fim de identificar os usuários, facilitar a gestão dos serviços, a comunicação, o compartilhamento das informações e, o mais importante, melhorar a qualidade da assistência prestada à população.

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Biografia do Autor

Camila Mendes Patrício, Curso de Medicina, Universidade Federal de Pernambuco

Aluna do Curso de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco.

Marianna Menezes Maia, Curso de Medicina, Universidade Federal de Pernambuco

Aluna do Curso de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco.

Josiane Lemos Machiavelli, Núcleo de Telessaúde, Universidade Federal de Pernambuco

Possui graduação e mestrado em Odontologia. Atualmente, é pesquisadora do Núcleo de Telessaúde da Universidade Federal de Pernambuco e professora da disciplina de Informática em Saúde no Curso de Medicina da UFPE. Área de atuação: tecnologias de informação e comunicação em saúde. Linhas de pesquisa: informática aplicada a saúde; telessaúde e telemedicina; educação a distância em saúde.

Magdala de Araújo Novaes, Núcleo de Telessaúde, Universidade Federal de Pernambuco

Doutora em Bioinformática pela Université D´Aix-Marseille II (França), Centre National de la Recherche Scientifique em 1993, especializada em informática aplicada às organizações pela Université de Montpellier I (França), e graduada em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 1987 (Brasil). É professora associada de Informática em Saúde do Departamento de Medicina Clínica, Coordenadora do Grupo de Pesquisa de Tecnologias da Informação em Saúde (TIS) e do Núcleo de Telessaúde (NUTES) da UFPE. Área de atuação: tecnologias da informação e das comunicações em saúde. Linhas de pesquisa: sistemas de informação em saúde, telemedicina e telessaúde, educação à distância em saúde, prontuário eletrônico do paciente, Internet e saúde. É membro titular da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) e vice-presidente (2011-2012). Membro do Comitê Assessor da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE) e da Comissão Permanente de Telessaúde do Ministério da Saúde.

Publicado

2011-09-11

Como Citar

Patrício, C. M., Maia, M. M., Machiavelli, J. L., & Novaes, M. de A. (2011). O prontuário eletrônico do paciente no sistema de saúde brasileiro: uma realidade para os médicos?. Scientia Medica, 21(3), 121–131. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/scientiamedica/article/view/8723

Edição

Seção

Artigos de Revisão