O escorpionismo no Estado de Goiás (2003-2019)
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-6108.2023.1.44883Palavras-chave:
escorpionismo, Goiás, epidemiologia, expansão urbanaResumo
Objetivo: realizar uma avaliação dos acidentes com escorpiões no Estado de Goiás no período de 2003 a 2019.
Métodos: trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, onde a coleta de dados se baseou nas Fichas de Notificações Compulsórias, mantidas no Centro de Informações e Assistência Toxicológica de Goiás. Foram utilizados formulários simplificados para a coleta de 23 variáveis que foram analisadas e tabuladas.
Resultados: foram notificados 18.720 casos, sendo o município de Goiânia com o maior número de ocorrências do estado, com um predomínio dos acidentes na zona urbana, sendo a população economicamente ativa a mais vulnerável. A sazonalidade dos acidentes possui características pouco evidentes em relação à precipitação e à temperatura anual do Estado de Goiás, com uma discreta menor prevalência nos meses de junho e julho. O tempo de atendimento está associado a um prognóstico mais favorável e à classificação do caso. O aumento do número de acidentes é crescente a partir de 2012, ano em que a notificação compulsória passou a ser obrigatória. A distribuição geográfica dos acidentes é influenciada pelo processo de urbanização desorganizado. Os óbitos estão associados, principalmente, à faixa etária pediátrica.
Conclusões: a sazonalidade dos acidentes escorpiônicos no Estado de Goiás tem um padrão pouco evidente em relação às condições ambientais. A faixa etária produtiva é a mais acometida. Existe uma necessidade de melhora na capacitação dos profissionais de saúde quanto ao diagnóstico, à quantidade de soro a ser utilizada e ao preenchimento e encaminhamento das fichas de notificação.
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