Perfil epidemiológico da leishmaniose tegumentar americana na Região Amazônica, Brasil, entre 2010 e 2019
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-6108.2022.1.41331Palavras-chave:
incidência, leishmaniose cutânea, ecossistema amazônicoResumo
Objetivo: descrever o perfil epidemiológico dos casos de leishmaniose tegumentar americana (LTA) no município de Altamira, Pará, no período de 2009 a 2019.
Métodos: trata-se de um estudo transversal, descritivo, retrospectivo de abordagem quantitativa, utilizando dados secundários de casos confirmados LTA, ocorridos entre os anos de 2010-2019 registrados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) e disponibilizados no site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).
Resultados: foram notificados 1.177 casos de LTA no município de Altamira entre 2010 e 2019, com média de 117,7 casos notificados e incidência média de 107,66 casos para cada 100 mil habitantes. Predomínio do sexo masculino (83,3%), idade entre 20-39 anos (51,8%) e autodeclarado pardo (71,7%). Quanto à forma, a cutânea foi a mais registrada, com 96% dos casos, e em 97% destes evoluíram para a cura.
Conclusões: a LTA apresentou alta incidência em Altamira no período analisado, assim se caracterizando como um problema de saúde pública. Acometendo, sobretudo, o sexo masculino, pardos e a faixa etária de 20 a 39 anos, estando, dessa forma, intrinsecamente relacionada às atividades laborais dessa população, além do desequilíbrio ambiental relacionado a desmatamento na zona rural. Sugere-se a existência de transmissão peri e intradomiciliar relacionada ao acometimento de crianças e idosos. A distribuição espacial dos casos não foi homogênea, possuindo maior concentração em áreas centrais do município de altamira. É importante ressaltar que a incidência tem uma forma não linear, que não se deve ao aumento gradual do número de casos, mas ao aumento da população.
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