Perfil epidemiológico dos casos de toxoplasmose gestacional e congênita decorrentes do surto populacional
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-6108.2021.1.40108Palavras-chave:
toxoplasmose congênita, gestação, epidemiologiaResumo
Objetivo: traçar o perfil epidemiológico dos casos de toxoplasmose gestacional e congênita notificados na cidade de Santa Maria – RS, decorrentes do surto ocorrido no ano de 2018 e investigar a associação entre as variáveis maternas e o diagnóstico do bebê.
Método: foram avaliados retrospectivamente os casos notificados entre o período de março de 2018 a março de 2019. O diagnóstico do bebê e variáveis maternas foram analisados através de estatística descritiva e teste qui-quadrado.
Resultados: Durante o período do estudo, foram notificados 206 casos de toxoplasmose gestacional, dos quais 74 foram confirmados como infecção recente. A transmissão vertical foi confirmada em 27% dos casos. Houve maior freqüência de transmissão em gestantes que tiveram o diagnóstico no terceiro trimestre de gestação (p=0,001) e que não realizaram tratamento durante a gestação (p<0,001).
Conclusão: A ocorrência da toxoplasmose congênita está associada ao diagnóstico tardio, no último trimestre da gestação, e consequente falta do tratamento adequado. Ainda, houve uma alta prevalência de crianças infectadas por transmissão vertical decorrentes do surto, o que reforça a importância de um acompanhamento pré-natal e a atenção à necessidade da realização do tratamento e cuidado adequados no decorrer do desenvolvimento das crianças infectadas.
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