Vilosidades e outras estruturas coriônicas encontradas no sangue periférico de gestantes: número, tamanho e uma técnica para sua recuperação
Palavras-chave:
gravidez humana, sangue materno, deportação trofoblástica, vilosidades coriônicasResumo
Objetivos: desenvolver uma técnica para recuperar, identificar, contar e medir as vilosidades e outras estruturas coriônicas presentes no sangue periférico de gestantes. Métodos: foram selecionadas para o estudo 10 gestantes normais, com idade gestacional igual ou superior a 37 semanas, internadas no Hospital São Lucas da PUCRS para o parto. Foram colhidos 3 ml de sangue em EDTA e 5.000 UI de aprotinina (Trasylol® Bayer) de uma veia cubital de cada paciente. As amostras foram imediatamente fixadas em Bouin, embebidas em parafina, cortadas a 3μm, coradas por hematoxilina/eosina, tricrômico de Masson e por anticorpos monoclonais específicos para tecidos trofoblásticos. Cada lâmina foi escrutinada de forma linear em toda a sua superfície, a um aumento de 250 vezes, e as estruturas coriônicas reconhecidas foram medidas com uma ocular micrométrica calibrada. Os resultados foram apresentados por média ± erro padrão. Resultados: foram recuperadas 15,4 ± 3,1 placas de sinciciotrofoblasto maiores de 100 e 5,8 ± 0,9 vilosidades coriônicas por ml de sangue materno. O comprimento médio das vilosidades foi 289,3 ± 13, 6 μm, a largura média foi de 116,3 ± 5,3 μm e a espessura média do sinciciotrofoblasto foi de 33,4 ± 1,7 μm. O descolamento dos cortes impediu os estudos imunológicos em 4 dos 10 casos. Em duas das seis amostras estudadas com anticorpos monoclonais específicos para trofoblasto as estruturas recuperadas foram reativas. Conclusões: a fixação imediata das amostras foi apresentada como um novo método para recuperar as estruturas coriônicas presentes no sangue periférico de gestantes. Elas foram identificadas, contadas e medidas. Sua quantidade e dimensões foram grandes. Os mecanismos que podem explicar seu surgimento e seu destino, bem como o significado de sua presença e quantidade no sangue periférico das gestantes foram discutidos. DESCRITORES: GRAVIDEZ/sangue; GRAVIDEZ/imunologia; VILOSIDADES CORIÔNICAS; TROFOBLASTOS; HUMANOS.Downloads
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Publicado
2008-08-24
Como Citar
Luz, N. P., & Marques, C. C. (2008). Vilosidades e outras estruturas coriônicas encontradas no sangue periférico de gestantes: número, tamanho e uma técnica para sua recuperação. Scientia Medica, 18(3), 110–118. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/scientiamedica/article/view/3837
Edição
Seção
Artigos Originais