A população privada de liberdade e a tuberculose
Perfil epidemiológico em Porto Alegre/RS
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-6108.2020.1.37951Palavras-chave:
tuberculose, tuberculose pulmonar, prisioneiros, gestão em saúdeResumo
Introdução: a tuberculose é uma das doenças infecciosas mais antigas do mundo. Causada pela bactéria Mycobacterium Tuberculosis, é transmitida através do ar – aerossóis. Segundo a Organização Mundial da Saúde cerca de 100 milhões de pessoas são infectadas a cada ano e, aproximadamente, entre 8-10 milhões desenvolverão a doença.
Objetivos: o seguinte trabalho visa descrever o perfil epidemiológico da tuberculose no município de Porto Alegre, RS, na população privada de liberdade (PPL), no período de 2015 a 2017.
Métodos: é um estudo descritivo de abordagem quantitativa, elaborado a partir de dados disponíveis no Sistema de Notificação e Agravos, sobre os casos de incidência notificados no município, observando-se a população em geral e a carcerária.
Resultados: como resultados, em 2017 a população geral teve uma queda de 1378 casos novos e, a PPL cresceu, registrando 167 eventos. A taxa de cura entre os casos da população geral foi de 53,87% já na PPL foi de 77,3%. Ocorreu óbito em 75,4% dos pacientes carcerários e, em 16,6% da população geral, os casos de abandono representam 26,1% entre os apenados e 19,24% da população geral.
Conclusões: conforme os resultados apresentados, evidencia-se que a tuberculose prevalece na população prisional e que as condições estruturais dos presídios dificultam a garantia do direito ao acesso à saúde.
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