Impacto da autopercepção de saúde em longevos com incontinência urinária
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-6108.2019.1.32831Palavras-chave:
idosos, nonagenários, incontinência urinária, autopercepção, qualidade de vida.Resumo
OBJETIVOS: Verificar o impacto da autopercepção de saúde sobre a chance de desenvolver incontinência urinária em longevos.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal e analítico com idosos de 90 anos ou mais. Foi realizada análise estatística analítica e descritiva (frequências, média e desvio padrão, análise de regressão logística univariada e ajustada pela autopercepção de saúde) das variáveis sociodemográficas e clínicas (sexo, estado conjugal, continência, idade, sintomas depressivos, cognição, comorbidades e facilidade de realizar atividades básicas e funcionais).
RESULTADOS: Participaram 182 longevos, 71% mulheres. O diagnóstico prévio de depressão, o escore de sintomas depressivos e o percentual
de facilidade para atividades funcionais e básicas foram relacionados com a autopercepção de saúde (p<0,05). A perda de urina, contudo, não foi relacionada à autopercepção de saúde. A autopercepção de saúde influenciou o efeito das variáveis diagnóstico prévio de depressão, número de sintomas depressivos, pontuação do Mini Exame do Estado Mental e número de comorbidades sobre a chance de incontinência urinária na presença das mesmas. O sexo masculino, a viuvez e a facilidade no desempenho de atividades básicas e funcionais foram variáveis significativamente relacionadas com a incontinência urinária independentemente do ajuste da autopercepção de saúde.
CONCLUSÕES: Não houve relação entre incontinência urinária e autopercepção de saúde, contudo, a autopercepção de saúde influenciou no efeito das variáveis sociodemográficas e clínicas sobre a chance de ter incontinência urinária.
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