Centros de simulação e projeto pedagógico: dois lados da mesma moeda
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-6108.2018.1.28709Palavras-chave:
simulação, educação médica, segurança do paciente, currículo, educação em saúde.Resumo
OBJETIVOS: Discutir as principais questões relacionadas ao uso e estruturação de um centro de simulação: logística, aproveitamento dos recursos e alinhamento entre o projeto pedagógico e as atividades simuladas.
MÉTODOS: Revisão narrativa da literatura, com busca nas bases de dados Web of Science, PubMed, SciELO e Google Scholar, incluiu artigos publicados até junho de 2017.
RESULTADOS: A simulação médica tem sido inserida nos cursos da área de saúde tanto para treinamento quanto para avaliação. Com isso, houve um grande aumento de centros de simulação, os quais envolvem um alto custo tanto para sua infraestrutura geral e especificidades como para manutenção. Muitas vezes os centros de simulação têm uma baixa aceitação docente e discente, tornando-os subutilizados, principalmente quando a metodologia não é implementada adequadamente. O método será mais valorizado quando houver um alinhamento entre o projeto pedagógico e as atividades simuladas. O planejamento de um centro de simulação é uma tarefa árdua que exige estudo prévio, conhecimento sobre o currículo institucional, orçamento e visitas a outros centros já existentes para evitar grandes ajustes posteriores que potencialmente são difíceis e onerosos. Para um melhor aproveitamento logístico, é necessário inicialmente identificar o público alvo e a inserção curricular do método, para definir a quantidade de participantes, tipos de salas e tipos de simuladores. A capacitação docente e o envolvimento multiprofissional são necessários para o bom funcionamento do centro de simulação, sendo que um dos principais motivos para a sua subutilização é a falta de capacitação docente. Além de capacitar os docentes, outras formas para utilizar os centros de simulação estão relacionadas à pesquisa e à parceria entre escolas de medicina e serviços hospitalares. Nessa parceria, as instituições de ensino ganham oportunidades de financiamento e interação com a sociedade, enquanto os hospitais ganham qualificação e aumentam a segurança de seus pacientes. Todas essas questões devem ser consideradas quando o estudo orçamentário é realizado, pois apenas o ambiente físico e os simuladores não são suficientes para o aproveitamento do ambiente simulado.
CONCLUSÕES: A integração entre educação, pesquisa e assistência, e o alinhamento com o projeto pedagógico, são de extrema importância para a utilização da simulação na área da saúde, e essenciais para o desenvolvimento de novos treinamentos e conhecimentos.
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