Análise das alterações posturais da coluna vertebral, dores musculoesqueléticas e função laboral em carteiros pedestres
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-6108.2016.1.21650Palavras-chave:
fotogrametria, dor musculoesquelética, postura, coluna vertebral, fisioterapia.Resumo
Objetivos: Avaliar as alterações posturais da coluna vertebral de carteiros pedestres com dores musculoesqueléticas e verificar sua associação com posturas adotadas durante a atividade laboral.
Métodos: O delineamento adotado foi um estudo transversal e descritivo realizado com carteiros pedestres de ambos os sexos, com dor musculoesquelética na coluna vertebral. Todos os indivíduos responderam a um questionário para apontar o local e intensidade da dor, realizaram uma avaliação postural fotogramétrica e foram submetidos a uma análise da função laboral. Para as análises em estratificação foi realizado o teste do qui-quadrado e para comparação dos ângulos da coluna vertebral nos indivíduos com e sem dor na mesma região foi realizado o teste t de Student. O nível de significância adotado foi p≤0,05.
Resultados: Foram avaliados 20 carteiros pedestres. A média angular da curvatura lordótica dos sete indivíduos com dor na coluna cervical foi de 41,3±15,0º e dos 13 indivíduos sem dor nessa região foi de 22,8±10,8º(p=0,005). Queixas de dor torácica ou lombar não tiveram associação significativa com o ângulo da curvatura cifótica e lordótica, respectivamente. Ao avaliar a postura do tronco dos carteiros no plano frontal observou-se que 16 indivíduos (80%) apresentavam alguma forma de escoliose. Ao analisar a atividade laboral externa dos carteiros pedestres observou-se que oito indivíduos (40%) carregavam a alça da bolsa de forma transpassada à esquerda, cinco (25%) usavam a alça transpassada à direita, quatro (20%) sobre o ombro direito e três (15%) sobre o ombro esquerdo. Não houve diferença estatisticamente significativa entre as alterações posturais no plano frontal conforme a forma com que os carteiros carregavam a bolsa.
Conclusões: Na amostra de carteiros pedestres avaliada, houve associação da presença de dor na coluna cervical com o aumento da curvatura nessa região. Não foi encontrada associação significativa da alteração postural no plano frontal com a forma de carregar a bolsa durante a atividade laboral.
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